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NEGÓCIO EM FOCO
Reciclagem de alumínio no país cresce 7% ao ano
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Reciclagem de alumínio. O
setor está longe de ser dos mais
nobres na economia brasileira,
mas chama a atenção pelo crescimento sistemático. Nos últimos cinco anos, tem se expandido à taxa média de 7,3% ao
ano, movimentou mais de R$
750 milhões em 2001 e sustenta
pelo menos 150 mil pessoas.
Como reflexo desses números da Abal (Associação Brasileira do Alumínio), o Brasil alcançou em julho, pela primeira
vez, o topo do ranking de reciclagem de latas de alumínio em
países onde o procedimento
não é obrigatório por lei.
O índice nacional ficou em
85% de reciclagem de todas as
latas consumidas no país. O segundo lugar, Japão, registrou
82,3%, enquanto os Estados
Unidos alcançaram 55%.
Quem quiser se iniciar no
mercado, entretanto, deve tomar cuidado. Apesar do crescimento promissor, a concorrência é bastante grande.
O coordenador da comissão
de reciclagem da Abal e diretor-presidente da Tomra Latasa Reciclagem, José Roberto
Giosa, pondera que "é um negócio que demanda baixo conhecimento técnico, mas também é muito concorrido".
Na cadeia econômica da reciclagem, que inclui coleta, limpeza e prensagem, fundição e
remanufatura, o espaço para
pequenos empresários está no
início do ciclo. "Com cerca de
R$ 100 mil, dá para começar o
negócio, comprar prensa, caminhão, esteiras e contratar ao
menos dois funcionários", diz.
Nesse estágio, a empresa coleta a sucata e a revende para
fundições por R$ 2,50 o quilo,
em média. Segundo a Abal, o
lucro anual varia de 10% a 20%
do investimento inicial.
Concorrentes
Para o empresário Augusto
Amaral, da SPMetals Trade, o
cenário não é tão favorável.
"Há a perspectiva de um
mundo maravilhoso, mas não
é assim. Os últimos anos foram
bons, mas hoje a concorrência
é enorme." Segundo ele, o lucro não passa de 10% anuais.
A SPMetals começou a reciclar em 1994, com oito funcionários e capacidade para 30 toneladas por mês. Hoje há 22
funcionários e capacidade de
reciclagem de 400 toneladas.
Para investir no setor, as dicas são encontrar cidades com
pouca concorrência e com
temperatura média de 30C (o
que significa alto consumo de
bebidas). Além disso, recomenda-se fazer contato com
fornecedores de sucata e evitar
atravessadores.
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