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MARKETING
Mimar cliente aumenta vendas, mas custo não pode ser alto; loja tem até almoço grátis
Promoção tem de ser bem pensada
FLÁVIA MARREIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O almoço é de graça para clientes assíduos, eventuais e visitantes
da loja Pesca Pinheiros. Uma
cozinheira contratada pela casa
especializada em pesca espor-
tiva prepara comida para 50 pessoas, em média, que têm tam-
bém uísque à disposição.
Os agrados podem parecer exagerados- são gastos R$ 5.000 por
mês para oferecê-los-, mas o
gerente da loja, Valmir Silva, diz
que o aumento das vendas chegou a 50% e que a estratégia diferencia a loja há cinco anos de duas
concorrentes no bairro de Pinheiros (zona oeste de São Paulo).
Para consultores de marketing
promocional, a idéia da loja de
pesca funciona porque foi criada
de acordo com o padrão de consumo dos clientes (compras demoradas, concentradas na hora
do almoço) e planejada a relação
custo-benefício. "Não daria certo
numa loja de roupas, concorda?",
exemplifica Silva.
Ações sob medida e planejamento são critérios para quem
pensa em fazer promoções.
Também valem comodidades
na hora da compra, como estacionamento e áreas de convivência.
"Até para fazer uma oferta é
preciso cuidado. Se baixar o preço
demais, você pode desvalorizar a
imagem do seu produto perante o
cliente. O melhor seria agregar
um brinde", afirma Paulo Pérsigo, 35, diretor da GPP-Gelre
& Pérsigo Promoções.
Segundo Pérsigo, tanto as medidas promocionais mais imediatas
como as aparentemente indiretas
podem ser usadas por pequenos e
médios empresários. "É difícil falar em valores, mas o ideal seria
investir de 5% a 20% dos lucros
em ações promocionais."
No caso de uma farmácia, diz,
cabe mais incrementar o atendimento (com a contratação de um
enfermeiro) e melhorar a entrega
em domicílio o que apostar em
espaços de convivência na loja,
com comida ou chazinho.
Tempos difíceis
"Em tempos difíceis, as empresas querem aumentar as vendas
rapidamente, e ações como sorteios causam esse efeito", diz Kito
Mansano, 39, diretor de promoções da Banco de Eventos.
Nos sorteios, se a promoção foi
bem-sucedida, as vendas crescem, segundo Mansano. "Quem
faz promoção tem de acompanhar de perto os resultados."
O diretor da corretora de seguros Grupo Mais, Valberto Santos,
diz que contratou uma empresa
de marketing para fazer uma promoção entre funcionários de uma
grande empresa. Eles sortearam
três televisores entre os clientes.
"Pequenas também podem
contratar serviços profissionais
para as promoções. Pagamos R$
1.800 para a empresa e gastamos
R$ 1.800 com os prêmios. Até hoje
[dois meses depois", ainda estou
tendo retorno. Aumentamos em
28% as vendas", declara Santos.
É bom lembrar: promoções,
sorteios e concursos têm legislação específica. Para realizar sorteios, por exemplo, é preciso registrá-los no Ministério da Fazenda. Quem descumpre as regras
pode pagar multa.
A legislação está no site www.ampro.com.br.
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