|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DESENVOLVIMENTO
Rede paulista quer auxiliar a comercialização de produtos e interligar iniciativas
Estado duplicará suas incubadoras
TATIANA DINIZ
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
O Estado de São Paulo terá seu
número de incubadoras de empresas duplicado no próximo
ano. Das 40 operando hoje, chegará a 46 até dezembro e a 80 em
2004, segundo o Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas de São Paulo).
Além disso, acaba de ser criada
a RPI (Rede Paulista de Incubadoras), que promete turbinar as
iniciativas do gênero com ações
como intercâmbio de informações on-line, treinamento de gerentes e foco redobrado na comercialização de produtos.
A RPI foi formalizada durante o
13º Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras
de Empresas, realizado em Brasília pelo Sebrae e pela Anprotec
(Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas), na semana passada.
"Em seis meses, estará operando", prevê Sérgio Risola, gestor do
Cietec (Centro Incubador de Empresas Tecnológicas da USP), eleito presidente da RPI em assembléia na última quarta-feira.
A implementação da rede será
coordenada por um comitê formado pelos gestores Consuelo
Braz (São José do Rio Preto), Davi
Sales (Campinas), Orlando Eugênio de Carvalho (São José dos
Campos) e Vera Poleto (Rio Claro), com primeira reunião agendada para o dia 24 de novembro.
Maior incubadora do país, o
Cietec vai pôr um pé no freio da
própria expansão para assumir
papel central na RPI. "Não vamos
crescer mais. Focaremos em
ações como a viabilização comercial dos produtos desenvolvidos
pelos incubados do Estado e no
cadastramento de consultores afinados com as necessidades das
incubadoras", explica Risola.
O centro está estruturando o
Núcleo de Comercialização Tecnológica, que cuidará da formação de representantes de venda.
Para Paulo Okamota, do Sebrae
Nacional, é um direcionamento
necessário. "O Estado de São Paulo tem muitos municípios envolvidos no movimento de incubadoras. É preciso aproximar as empresas do mercado para que os
projetos dêem certo", enfatiza.
Se a previsão de crescimento do
Sebrae-SP se concretizar, mais de
10% dos municípios do Estado
-que tem 635 cidades- terão
incubadoras ao final de 2004.
"A incubação é uma alavanca ao
desenvolvimento local. Por isso
os novos projetos estão afinados
com as vocações regionais", diz
Marcelo Dini Oliveira, gerente de
inovação do Sebrae-SP.
Além dos tipos tradicional (voltados à indústria) e de base tecnológica, um novo modelo de incubadoras deve surgir no Estado em
2004: as "temáticas". Com o novo
conceito, iniciativas agrícolas,
ecológicas e culturais também terão vez no universo da incubação.
A jornalista Tatiana Diniz viajou a
Brasília a convite do Cietec
Texto Anterior: Curso ensina a inovar e a correr riscos Próximo Texto: Modelo ajuda na redução de falências Índice
|