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Prestadores de serviços e fornecedores de inovações tecnológicas para casas e empresas ampliam clientela
Engenhocas acionam o faturamento
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Uma pitada de criatividade
mesclada à tecnologia tem sido a
receita para o lucro de algumas
empresas e prestadoras de serviços, a partir das mudanças comportamentais dos consumidores.
O temor dos avós de encerrar a
vida em um asilo, por exemplo,
pode estar com os dias contados,
se depender de soluções dessa natureza. Sistema de monitoramento domiciliar já permite que idosos possam passar mais tempo
sozinhos. O equipamento foi trazido ao Brasil pela AlôHelp, que
opera em São Paulo desde março.
Importado de Israel, o sistema
também atende pessoas com necessidades especiais, como cardíacos e pacientes crônicos. Segundo a empresa, o plano de negócios já foi superado, antes mesmo de um ano de operação.
O faturamento também engrena quando o assunto é automação
residencial. Viajar ao exterior e ter
a chance de monitorar uma casa
"inteligente" via internet deixou
de ser esforço de abstração.
Isso já é realidade no Brasil, afirma a arquiteta Virgínia Rodrigues, 31, sócia de um escritório
que se dedica à integração de sistemas de "moradias do futuro".
O administrador de empresas
T.M., 40, que preferiu não se identificar, adotou a automação em
sua cobertura dúplex. Os recursos
permitem, por exemplo, que cortinas sejam programadas para
abrir ou fechar conforme o desejo
do morador. "Quando chego em
casa, à noite, elas já estão abertas."
"Em um ano, o faturamento
mais que duplicou", comenta a
arquiteta, que há três anos trabalhava apenas com decoração.
Segundo a Associação Brasileira
de Automação Residencial, os
projetos de automação para casas
e as vendas de equipamentos desse setor, em 2001 (último dado
disponível), aumentaram 66%
em relação ao ano anterior.
Rodrigues conta que seu escritório, o Marbie Systems, já recebe
projetos de condomínios até de
classe média. "As construtoras estão vindo atrás desse serviço", diz.
Casinha e elevador
Nem mesmo os cães escapam
das novas formas de tecnologia. A
Finder projeta uma "casinha inteligente de cachorro", equipada
com um alimentador automático.
A fabricante de relés e temporizadores desenvolveu apenas um
protótipo a pedido da Brasiltec,
mas ainda não o comercializa.
Com a nova engenhoca, no futuro o dono poderá programar os
horários das refeições do animal.
Também ganham fôlego no
mercado tecnologias de comando
de voz, controle de acesso através
de impressão digital, aspiração
central a vácuo, reutilização da
água e uso da energia solar.
Produtos com reduzido consumo de energia, como o elevador a
vácuo criado pela MHM, indústria metalúrgica de Limeira (SP),
são outras vedetes tecnológicas.
A invenção tornou-se o principal negócio da fabricante de autopeças. Por mês, são vendidos de
dez a 12 elevadores da marca.
A especialista em biometria
BioAccess apostou no controle de
acesso em portas e catracas através de impressão digital. Eduardo
Todeschini, 40, diretor comercial,
afirma que a demanda tem sido
em sua maior parte corporativa,
mas que já recebe pedidos para
residências. Entre os novos clientes, está uma rede de escolas de
idiomas, que busca equipamentos para o controle da frequência
dos alunos por meio digital.
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