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NEGÓCIO EM FOCO
Câmbio ajuda produção local de enfeites
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Ruim para alguns, bom para
outros. Assim é possível descrever, hoje, o mercado de enfeites natalinos no Brasil. Devido à alta do dólar ocorrida ao
longo do ano, muitos importadores foram surpreendidos e
tiveram cancelados os pedidos
feitos em maio -época em
que acontece a maior feira da
área, a Christmas Fair.
Com isso, os fabricantes nacionais tiveram aumento nas
vendas. "Tivemos um aumento
de 30% no faturamento, mas
nossas expectativas chegam a
50%", diz Rachel Donadelli, gerente comercial da indústria
Mancini, de São Paulo, um dos
maiores produtores nacionais
de árvores, bolas e grinaldas.
O importador Antonio
Areias, de Recife, esteve lá. Ele
fechou 80% dos negócios durante o evento. "Sofremos o
impacto do aumento do dólar.
Cerca de 30% dos pedidos foram cancelados", diz.
Em cima da hora
Outro fabricante nacional de
enfeites, Wanda Hauck, do Rio
Grande do Sul, não sentiu o aumento nas vendas, mas acredita que isso ainda é possível.
"O lojista aguarda o último
momento, mas ele deve se
mexer logo. Não temos importados no mercado, e as fábricas têm limite de material e
de capacidade", alerta o proprietário Ricardo Hauck.
Os comerciantes confirmam.
"Conseguimos negócios melhores com os produtores nacionais", conta Péricles Lima,
diretor de vendas da loja
Koraicho, que trabalha há
12 anos com produtos natalinos na região da rua 25 de
Março, em São Paulo.
Segundo ele, a importação
vem diminuindo gradativamente. "No ano passado, cerca
de 60% dos produtos da loja
eram importados. Neste ano,
isso fica em torno de 45%."
Menos vendas
De acordo com Elias George
Âmbar, diretor de marketing
da União dos Lojistas da 25
de Março e Adjacências, o comerciante da região está esperando queda nas vendas.
A importadora Natalie fez
um reposicionamento de mercado, voltando-se para a venda
no varejo. O sócio Josef Benhaim diz que desde 1997 as
vendas no atacado vêm caindo.
(ISABEL CASTRO)
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