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PEQUENAS NOTÁVEIS
Pesar benefícios de ambos os perfis de eventos reduz desgaste e perda de dinheiro
Foco determina em que feira investir
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Grande ou pequena, o que faz a
diferença numa feira é se o foco
proposto pela organizadora bate
com o objetivo do empresário.
Afinal, se a idéia é popularizar a
marca do negócio, nada como
uma mostra que atraia mídia e
um grande número de clientes finais. Mas, se a meta é receber apenas quem está interessado naquele setor, um evento mais reservado não deve nada ao grande.
Pequenos promotores têm a
vantagem de prestar um atendimento mais personalizado ao expositor. Porém, a falta de experiência ou de infra-estrutura de
algumas empresas de eventos pode significar dinheiro jogado fora.
Para saber onde investir, a regra
é esta: pesquisar o mercado, conversar com quem já participou de
outras edições e obter informações sobre o ramo de eventos.
Crescimento moderado
Descontentes com a impessoalidade de feiras de grande porte,
antigos expositores do setor de
presentes se uniram e, em 1999,
fundaram a Abup (Associação
Brasileira de Utilidades e Presentes), promotora da Abup Show.
Com 12 expositores no ano de
estréia, hoje os organizadores dizem haver até fila de espera de interessados em participar. Na última edição, que terminou na segunda-feira, foram 70 estandes.
"Não queremos crescer desenfreadamente e cometer os mesmos erros dos que criticamos.
Queremos manter a qualidade na
seleção dos participantes para nos
fortalecer", afirma Nelson Cavani,
52, presidente da Abup.
O ponto alto do evento, diz Cavani, está no atendimento. "Dá
mais resultado que participar de
feiras famosas porque conseguimos atender melhor nossos clientes. Quem quer entrar passa primeiro por uma comissão que
analisa os produtos e a questão da
concorrência", explica.
Cecília Rima, proprietária da
Casa Bonita (decoração), trocou
as grandes pela Abup Show. "O
metro quadrado é mais barato, só
atendemos lojistas, um público
mais profissional, e, como oferecemos conforto, o pessoal tem
mais disposição para comprar."
As vendas feitas na feira foram
equivalentes a quatro meses de faturamento. "Isso porque o evento
é bem organizado. Hoje não voltaria a participar de feiras grandes, foi uma aposta que não deu
certo", comenta.
Cuidados
Ampliar a carteira de clientes e
expor seu produto ou seu serviço
para compradores potenciais, claro, tem um preço. O custo médio
do metro quadrado numa pequena feira em São Paulo sai por cerca de R$ 300. No exterior, esse valor pode chegar a US$ 500.
Depois de certificar-se sobre
qual a exposição certa para o seu
objetivo e seu bolso, é hora de elaborar uma "estratégia de presença". O Sebrae-SP aponta as três
etapas que devem ser observadas.
O primeiro passo é o planejamento do evento: não confie apenas no "mailing" do organizador,
tenha seus próprios endereços
para a distribuição dos convites e
treine os funcionários que estarão
no estande. A segunda fase é a feira propriamente dita. Luiz Álvaro, do Sebrae, lembra a importância de fazer o cadastro dos visitantes, pois ele indicará quantos e como foram os atendimentos realizados durante o evento.
A última etapa é o pós-feira, em
que o empresário precisa se organizar para entregar no prazo os
pedidos fechados no estande.
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