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Exposição internacional requer pesquisa
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Se a participação em feiras nacionais já foi definida, como saber
se chegou o momento de buscar
mercados fora do Brasil? Antes de
pensar no dinheiro que será gasto
com a viagem, é preciso olhar para a própria empresa e analisar
quais as chances de sucesso desse
produto no cenário internacional.
Especialistas ouvidos pela Folha
recomendam verificar se a qualidade do produto é compatível
com as exigências daquele mercado; certificar-se de que a empresa
tem volume de produção suficiente para atender os pedidos; ter
a certeza de que o perfil da feira
coincide com suas expectativa de
negócio e informar-se sobre a seriedade dos organizadores.
Outro conselho é apoiar-se em
entidades de classe. Excursões organizadas por associações ou sindicatos tendem a baratear o custo
para o expositor, além de oferecer
mais chances de retorno. No entanto, mesmo que a entidade afirme já ter feito uma pesquisa sobre
o mercado, não deixe de também
buscar informações.
Expansão
Nos últimos cinco anos, a participação brasileira em feiras no exterior tem aumentado cerca de
10% ao ano, por conta dos incentivos às exportações, segundo o
Sebrae. Um em cada cinco destinos internacionais escolhidos pelas pequenas estão na Europa.
Mas a gerente de negócios da
Francal, Lúcia Cristiana de Buone, diz que ainda são poucas as
pequenas empresas que se arriscam no mercado internacional.
Entre os produtos que fazem sucesso lá fora estão os dos setores
de alimentação e de calçados.
Para este, por exemplo, a Francal realiza um encontro anual no
Chile, em que expõe os produtos
em hotéis para reduzir os custos
do expositor.
"Há muitos participantes brasileiros despreparados", afirma
Buone. Ela aconselha reservar um
dinheiro extra, já que muitos centros de exposições exigem que a
montagem dos estandes e o transporte das mercadorias aos pavilhões sejam realizados por empresas credenciadas por eles.
Francisco Leme da Silva, da
agência de viagem Jet Stream e ex-presidente do Favecc (Fórum das
Agências Especializadas em Contas Comerciais), diz que é imprescindível ter boa política de viagens para enfrentar inconvenientes. As despesas podem ser distribuídas da seguinte maneira: 43%
com passagens aéreas, 25% com
hospedagem, 15% para refeições
da viagem, 11% com refeições de
representação, 4% para aluguel de
veículos e 2%, outros gastos.
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