São Paulo, domingo, 29 de agosto de 2004


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Exposição internacional requer pesquisa

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Se a participação em feiras nacionais já foi definida, como saber se chegou o momento de buscar mercados fora do Brasil? Antes de pensar no dinheiro que será gasto com a viagem, é preciso olhar para a própria empresa e analisar quais as chances de sucesso desse produto no cenário internacional.
Especialistas ouvidos pela Folha recomendam verificar se a qualidade do produto é compatível com as exigências daquele mercado; certificar-se de que a empresa tem volume de produção suficiente para atender os pedidos; ter a certeza de que o perfil da feira coincide com suas expectativa de negócio e informar-se sobre a seriedade dos organizadores.
Outro conselho é apoiar-se em entidades de classe. Excursões organizadas por associações ou sindicatos tendem a baratear o custo para o expositor, além de oferecer mais chances de retorno. No entanto, mesmo que a entidade afirme já ter feito uma pesquisa sobre o mercado, não deixe de também buscar informações.

Expansão
Nos últimos cinco anos, a participação brasileira em feiras no exterior tem aumentado cerca de 10% ao ano, por conta dos incentivos às exportações, segundo o Sebrae. Um em cada cinco destinos internacionais escolhidos pelas pequenas estão na Europa.
Mas a gerente de negócios da Francal, Lúcia Cristiana de Buone, diz que ainda são poucas as pequenas empresas que se arriscam no mercado internacional.
Entre os produtos que fazem sucesso lá fora estão os dos setores de alimentação e de calçados.
Para este, por exemplo, a Francal realiza um encontro anual no Chile, em que expõe os produtos em hotéis para reduzir os custos do expositor.
"Há muitos participantes brasileiros despreparados", afirma Buone. Ela aconselha reservar um dinheiro extra, já que muitos centros de exposições exigem que a montagem dos estandes e o transporte das mercadorias aos pavilhões sejam realizados por empresas credenciadas por eles.
Francisco Leme da Silva, da agência de viagem Jet Stream e ex-presidente do Favecc (Fórum das Agências Especializadas em Contas Comerciais), diz que é imprescindível ter boa política de viagens para enfrentar inconvenientes. As despesas podem ser distribuídas da seguinte maneira: 43% com passagens aéreas, 25% com hospedagem, 15% para refeições da viagem, 11% com refeições de representação, 4% para aluguel de veículos e 2%, outros gastos.


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