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GESTÃO
Cadeia de fornecimento na qual os participantes troquem dados e entendam seu papel permite sucesso de todos
Parceiros ajustados evitam desperdício
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Uma cadeia de fornecimento
eficiente permite que sua empresa
economize dinheiro e tenha melhores resultados. Para chegar a
isso, é preciso coordenar de modo
sincronizado as ações de todos os
parceiros -fornecedores, distribuidores e consumidores.
"O segredo é usar mais os fluxos
de informação do que os físicos",
diz Hau Lee, professor de administração, operações e tecnologia
da informação da Graduate
School of Business, da Universidade Stanford, e especialista em
supply-chain management (gestão da cadeia de fornecimento).
Ele cita como exemplo fabricantes de computador, que não precisam mais enviar produtos prontos para os distribuidores. "Mandam as peças para os distribuidores montarem o produto conforme a demanda, diminuindo custos de transporte e de armazenagem, além da obsolescência."
Para ele, os componentes desse
tipo de cadeia de suprimento dividem informações sobre demanda, decisões e performances e
também reconhecem que o sucesso de um é o sucesso de todos.
Medindo o consumo
É o intercâmbio de informações
que permite, por exemplo, que
uma empresa saiba de seus consumidores a procura exata por
produtos, evitando erros fatais
como superestimar ou subestimar a capacidade produtiva.
A maneira de colocar isso em
prática está ligada ao desenvolvimento tecnológico, o que exige
grandes investimentos das companhias. Mas a atualização tecnológica não é o único desafio.
Ele destaca o fato de que as informações sobre a gestão das empresas parceiras nem sempre são
exatas ou estão disponíveis a tempo. Outro problema é fazer com
que empresas de diferentes áreas
trabalhem juntas, o que significa
colocar em prática complexas
mudanças organizacionais.
"É muito comum que pessoas
com interesses diferentes atrapalhem o trabalho em uma cadeia
de suprimentos", comenta.
Mesmo com tantos desafios,
Lee diz que as pequenas e médias
empresas também fazem parte
desse cenário. "Algumas podem
não ter o mesmo nível de recursos, conhecimento ou experiência
em gerenciar uma cadeia."
O conselho que ele dá aos menores é que tirem vantagem da
experiência das empresas líderes,
trabalhando com parceiros maiores para se inserirem nos ciclos de
inovações deles e se atualizarem.
Lee avalia que as empresas latino-americanas estão se transformando em parte "crítica" das cadeias de suprimentos de muitas
multinacionais. "As companhias
da região devem estar conscientes
de que podem complementar ou
brecar a cadeia global de suprimentos", afirma.
Portanto, na sua opinião, as empresas não podem estar preocupadas somente em como ser mais
competitivas em suas áreas específicas de negócio, mas em como
elas estão agregando valor à cadeia de suprimentos.
"Precisam entender melhor como funcionam seus fornecedores
e seus clientes, para encontrar soluções que ajudem a melhorar
seus processos e custos e os de
seus parceiros, com maiores benefícios para elas e para toda a
cadeia."
(GIOVANA TIZIANI)
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