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Iniciativa ainda
esbarra em uma
série de poréns
DA REDAÇÃO
Se sobram bons motivos
para a utilização do conceito
de governança corporativa
na empresa de pequeno porte, não faltam também obstáculos que, até agora, a impediram de implementá-lo.
O primeiro deles é de ordem tributária. "As pequenas e médias no Brasil quase
são obrigadas a sonegar. Como abrir a contabilidade numa situação dessas?", indaga
o coordenador do Centro de
Estudos em Finanças da
FGV-Eaesp (Escola de Administração de Empresas de
São Paulo, da Fundação Getulio Vargas), William Eid Jr.
Milton Fumio Bando, 51,
consultor de administração
geral do Sebrae-SP (Serviço
de Apoio à Micro e Pequena
Empresa de São Paulo), concorda: "A informalidade não
é gratuita. Muitos estão assim não porque querem".
Os custos, outro obstáculo,
não devem ser vistos dessa
forma, afirma Heloisa Bedicks, do IBGC. "É preciso
saber que as medidas agregam valor à empresa, melhoram o desempenho e os
resultados. Não são gastos."
A resistência dos proprietários, sobretudo nas empresas com controle centralizado, é outra dificuldade apontada. "O problema é: será
que as empresas familiares
vão querer, por exemplo, escutar que os processos estão
todos errados?", explica o
professor do Labfin-USP
(Laboratório de Finanças da
Universidade de São Paulo)
Humberto Rocha Filho, 40.
Na opinião do consultor
do Sebrae-SP Júlio Cesar
Durante, a governança corporativa deve ser aplicada,
na microempresa, no comportamento empreendedor,
e não na criação de uma estrutura administrativa.
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