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São Paulo, domingo, 30 de março de 2003


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Iniciativa ainda esbarra em uma série de poréns

DA REDAÇÃO

Se sobram bons motivos para a utilização do conceito de governança corporativa na empresa de pequeno porte, não faltam também obstáculos que, até agora, a impediram de implementá-lo.
O primeiro deles é de ordem tributária. "As pequenas e médias no Brasil quase são obrigadas a sonegar. Como abrir a contabilidade numa situação dessas?", indaga o coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV-Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas), William Eid Jr.
Milton Fumio Bando, 51, consultor de administração geral do Sebrae-SP (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa de São Paulo), concorda: "A informalidade não é gratuita. Muitos estão assim não porque querem".
Os custos, outro obstáculo, não devem ser vistos dessa forma, afirma Heloisa Bedicks, do IBGC. "É preciso saber que as medidas agregam valor à empresa, melhoram o desempenho e os resultados. Não são gastos."
A resistência dos proprietários, sobretudo nas empresas com controle centralizado, é outra dificuldade apontada. "O problema é: será que as empresas familiares vão querer, por exemplo, escutar que os processos estão todos errados?", explica o professor do Labfin-USP (Laboratório de Finanças da Universidade de São Paulo) Humberto Rocha Filho, 40.
Na opinião do consultor do Sebrae-SP Júlio Cesar Durante, a governança corporativa deve ser aplicada, na microempresa, no comportamento empreendedor, e não na criação de uma estrutura administrativa.


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