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Processador de palavras
Na quarta-feira, o jornal informou que Alcides Tápias já admite a possibilidade de deixar o
Ministério do Desenvolvimento.
A reportagem citou "confidências a amigos" e "conversas privadas" em que Tápias, desgastado por atritos com a equipe econômica, teria manifestado disposição para ir embora caso seus
projetos "não saiam do papel".
No dia seguinte, em carta que
abriu o "Painel do Leitor", representante do ministro acusou o
jornalista da Folha, presente a
uma das "conversas", de ter omitido a seguinte declaração de
Tápias: "Se depender de minha
vontade, só deixo o governo em
dezembro de 2002". No entender
do assessor, o jornal "divulgou
apenas os aspectos da conversa"
que lhe eram "convenientes".
Como não houve esclarecimento depois da carta, supõe-se
que a omissão ocorreu, ou que a
Folha não tinha elementos para
contestar o protesto. Do ponto de
vista do leitor, dá na mesma.
Em si, o caso não é grave. Não
chegam a ser excludentes a frase
do ministro e a tese da reportagem, que de resto faz bastante
sentido.
A questão é de princípio. Não é
bom ser flagrado varrendo para
baixo do tapete pedaços da informação que atrapalham a conclusão do jornal.
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