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Para ler as pesquisas
A melhor forma de enfrentar
as pesquisas é saber lê-las. A
Abep (Associação Brasileira de
Empresas de Pesquisa) criou
para esta eleição um guia que
ajuda a entender como são feitas. Há uma recomendação
aos meios de comunicação para que publiquem o máximo
de informações sobre sua metodologia e produção. O respeito a essas normas não elimina
a possibilidade de fraudes ou
manipulações, mas diminui as
chances. O guia pode ser lido e
copiado no endereço eletrônico
da Abep, www.abep.org.
Relaciono abaixo as recomendações mais importantes.
A Folha tem informado, também, o número do registro
obrigatório da pesquisa no
TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
"O público deve ter acesso a
todas as informações necessárias para entender, interpretar
e avaliar os dados publicados
de forma adequada.
Itens de inclusão recomendada na publicação e divulgação
de pesquisas eleitorais:
a. Nome da empresa de pesquisa responsável pela realização do estudo;
b. Nome do patrocinador/
solicitante do estudo;
c. Universo representado;
d. Tamanho da amostra e sua
cobertura geográfica;
e. Datas de realização de
campo;
f. Erro amostral/margem de
erro (essa informação não
substitui a necessidade de especificação do tamanho da
amostra);
g. Método de amostragem;
h. Método de coleta da informação;
i. Critérios de ponderação,
caso existam;
j. Sempre que os resultados
divulgados disserem respeito a
algum segmento da amostra e
não à sua totalidade, isso deve
ser explicitado;
k. Sempre que houver divulgação dos resultados de determinado segmento (ex: faixa
etária, sexo, região etc.), indicar o número de entrevistas
que deu origem ao resultado
(base);
l. Explicitar a taxa de "não resposta", ou seja, a porcentagem
de respostas "não sabe", sempre
que ela puder afetar significativamente a interpretação do resultado;
m. Informações sobre o número de cidades, locais ou
pontos amostrais.
Os itens listados acima devem estar disponíveis em qualquer divulgação. Situações em
que não seja possível fornecer
todos os dados (rádio ou TV,
por exemplo) devem prever e
indicar espaço adequado para
esse detalhamento mínimo
(ex: site da empresa de pesquisa ou do veículo divulgador).
Os itens de a) até e) são obrigatórios em qualquer tipo de divulgação, seja em mídia impressa ou eletrônica."
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Marcelo Beraba é o ombudsman da Folha desde 5 de abril de 2004. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
Cartas: al. Barão de Limeira 425, 8º andar, São Paulo, SP CEP 01202-900, a/c Marcelo Beraba/ombudsman,
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