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Presentes de Natal
Parte dos jornalistas, por falta
de tempo ou empenho, costuma
ser reticente quanto ao estudo da
teoria da comunicação ou de jornalismo propriamente dito. É
pena, pois reflexões sobre o ofício
costumam, como se diz, intimidar os vícios da prática diária.
Nem por isso, porém, deixa de
crescer a tentativa de se contrapor, em diálogo, prática e teoria,
sobre uma profissão cuja vocação social é tão inegável quanto
esquecida na gaveta.
Vale registrar, portanto, alguns lançamentos recentes, que
compõem uma pequena onda de
livros brasileiros sobre o tema:
1) "A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística", de Nilson Lage (189
págs., editora Record) - um trabalho voltado principalmente
para cursos de graduação, reúne
material derivado de aulas ministradas entre 1992 e 1999 sobre
técnicas de jornalismo;
2) "Mídia: Teoria e Política",
de Venício Artur de Lima (368
págs., editora Fundação Perseu
Abramo) - dez textos, alguns inéditos, outros reescritos e atualizados. Abrangem trabalhos sobre teoria da comunicação, análises sobre o que chama de "economia política" das comunicações e estudos específicos sobre a
relação entre telejornalismo e
política no Brasil;
3) "A sociedade dos chavões",
de Claudio Tognolli (248 págs.,
editora Escrituras) - com base
em material coletado de jornais
e revistas desde os anos 80, o livro discute o uso do lugar-comum sem necessariamente condená-lo a priori. Procura abordar a questão do ponto de vista
filosófico, literário e da teoria da
comunicação;
4) "Showrnalismo - a notícia
como espetáculo", de José Arbex
Jr. (292 págs., editora Casa Amarela) - com base em estudos e em
sua experiência pessoal como
jornalista, em especial em coberturas internacionais, o autor
mistura memória e ensaio, com
enfoque crítico sobre o que chama de "imbricação entre jornalismo e história";
5) "Jornalismo e desinformação", de Leão Serva (144 págs.,
editora Senac) - atravessado pela experiência do autor como
correspondente de guerra, em especial na Iugoslávia, mostra como certos procedimentos jornalísticos acabam por dificultar a
apreensão de informações pelos
leitores;
6) "Em sociedade tudo se sabe", de Ibrahim Sued (260 págs.,
editora Rocco) - organizado pela
filha do jornalista, Isabel Sued,
compila colunas e crônicas de
um dos pioneiros do colunismo
social, da década de 50 até os
anos 90. Sued nasceu em 1924 e
morreu em 1995. Há glossário,
cronologia e "pensamentos" do
autor;
7) "Cobras criadas", de Luiz
Maklouf Carvalho (600 págs.,
editora Senac) - biografia do jornalista David Nasser (1917-1980), um dos jornalistas mais
conhecidos do país nos anos 50,
símbolo de um jornalismo em
que a ética era algo fora de lugar.
O livro revela, também, os bastidores da revista "O Cruzeiro",
em que Nasser era a "estrela".
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