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Sem eufemismos
A secretária de Redação Suzana
Singer explica que parte da demora na publicação de retificações pode ser atribuída aos procedimentos internos do jornal: "Temos uma série de controles internos para checar até informações
que nem foram questionadas pelos leitores. Todas as correções
passam pelas editorias responsáveis antes de serem publicadas.
É uma forma de descobrirmos a
origem do erro. Esse processo leva
algum tempo porque muitas vezes os casos são complicados".
Mas ela mesma considera que esse tempo não pode resultar em
protelação: "É obrigação da Redação agilizar ao máximo esse
procedimento para que o leitor tenha informação corrigida o
quanto antes".
O jornal criou, em fevereiro de
1991, a seção "Erramos" (na pág.
A3), onde concentra as suas
emendas. Foi a forma escolhida
para dar visibilidade às correções
e facilitar a sua localização.
O "Manual da Redação" recomenda que os erros sejam retificados "sem eufemismo" e que a
retificação deve ser publicada
"assim que a falha for constatada,
mesmo que não haja pedido externo à Redação".
Como vimos, o processo não é
tão simples. No dia 30 de abril, o
coordenador do Programa de
Qualidade, Rogério Ortega, distribuiu para todos os jornalistas
da Folha um comunicado em que
relembrava que "os editores têm
cinco dias úteis para encaminhar
ao "Painel do Leitor", as erratas
solicitadas pelo Programa de
Qualidade -ou para contestá-las, quando for o caso". Diz ainda
o comunicado que, se esse prazo
findar sem nenhuma manifestação dos editores, o jornal publicará o "erramos".
O jornal publicou no primeiro
semestre do ano passado 528 correções. Neste ano, foram 551. Isso
mostra que há uma disposição da
Folha em acertar. Precisa ser
mais rápida.
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