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SERVIÇO
De olho na imprensa
A propósito do acompanhamento das coberturas jornalísticas da eleição municipal, um
registro: será lançado, nesta
quarta, na USP, o Observatório
Brasileiro de Mídia. É mais
uma iniciativa, bem-vinda, de
monitoramento dos jornais.
Avalio que assistimos hoje,
em relação à imprensa, a dois
fenômenos que não devem ser
confundidos. De um lado, a
pressão, na minha opinião indevida, de governos por regulamentação e controle. De outro, a pressão, que considero
saudável, da sociedade por
mais equilíbrio, qualidade de
informação e pluralidade (de
assuntos, de enfoques, de análises e de opinião).
Um dos caminhos que essa
pressão social vem tomando é
o do monitoramento dos
meios de comunicação. São
iniciativas como as do Observatório da Imprensa, da Andi
(Agência de Notícias dos Direitos da Infância), da Transparência Brasil e do Laboratório
Doxa.
O Observatório Brasileiro de
Mídia é uma iniciativa do Núcleo de Jornalismo Comparado da ECA (Escola de Comunicações e Artes/USP), do Instituto Observatório Social (criado pela CUT e por outras organizações do trabalho) e pelo
Media Watch Global (criado
pelo Fórum Social Mundial e
que tem sede na França).
O primeiro trabalho do novo
observatório é o acompanhamento deste final de campanha eleitoral. Além de analisar
o conteúdo das reportagens e
classificá-las em negativas, positivas e neutras, a pesquisa vai
avaliar o destaque dado para
cada texto na edição.
O primeiro levantamento,
parcial, das coberturas da Folha e do "Estado" não difere
muito dos resultados do Laboratório Doxa que expus na semana passada: mais referências positivas para a candidatura Serra e mais referências negativas para a candidatura
Marta. O desequilíbrio é maior
no "Estado".
Em relação a iniciativas de
monitoramento, este ombudsman tem interesse em receber
informações sobre outras entidades que estejam de olho na
imprensa.
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Marcelo Beraba é o ombudsman da Folha desde 5 de abril de 2004. O ombudsman tem mandato de um ano, renovável por mais dois. Não pode ser demitido durante o exercício da função e tem estabilidade por seis meses após deixá-la. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva dos leitores, recebendo e verificando suas reclamações, e comentar, aos domingos, o noticiário dos meios de comunicação.
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