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De pesos e medidas
O foneticista Ricardo Molina
foi demitido do cargo de coordenador de Fonética Forense da
Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) no dia 22 de
fevereiro.
A notícia veio à luz no dia 27,
data na qual a Folha lhe dedicou um texto de duas colunas e
parte de outro texto, maior, que
tratava do fato de que Molina
recebera pedido para periciar a
famigerada fita cassete da conversa entre o senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA) e
procuradores da República.
Na edição de 1º de março, o
jornal deu cinco colunas ao caso
da demissão de Molina. Trazia
o ponto de vista do demitido
("Para perito, demissão foi decisão política") e o "outro lado":
"Reitoria da Unicamp e presidente de comissão negam as
acusações".
Além desse "outro lado", a
mesma edição abrigava na nobre seção "Tendências/Debates", à página A3, um artigo do
presidente da Comissão de Perícias da Unicamp, o professor de
filosofia Roberto Romano, em
que este expunha, mais uma
vez, os motivos da demissão de
Molina.
"Unicamp registra queixa policial contra perito que foi demitido", afirma título de três colunas no dia seguinte (2 de março), com o sobretítulo "Molina
teria levado dados e fitas de perícias".
Na último dia 21, uma nota de
apenas seis linhas, espremida
entre a coluna de Janio de Freitas e um anúncio, informava:
"A Justiça concedeu liminar que
determina a reintegração do foneticista Ricardo Molina à Unicamp". Só na edição regional da
Folha que vai para Campinas a
liminar teve abre de página.
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