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Sem mistura
Sempre que aponto conflito de
interesses em uma reportagem
resultante de viagem realizada
"a convite", a Redação responde
lembrando que a Folha nunca
deixa de esclarecer, no pé desses
textos, que o jornalista teve as
despesas pagas pela empresa X
ou instituição Y. É verdade.
Outro argumento que costuma
ser apresentado é o do interesse
jornalístico. Em teoria, publica-se, das informações apuradas
nessas circunstâncias, somente
aquilo que for considerado notícia e/ou serviço para o leitor.
Na prática, a coisa é mais complicada. O critério para definir o
que se encaixa nessa definição
pode ser tolerante ao extremo.
Tome-se a contracapa da Ilustrada de segunda-feira passada.
O jornal usou esse espaço privilegiado para descrever, em dezenas de centímetros, as sessões de
fotos realizadas em Nova York
para anúncios de uma conhecida marca brasileira de roupas.
Marca patrocinadora da viagem
da jornalista da Folha.
Aqui não é possível falar em
reportagem "geneticamente modificada", híbrido de notícia e
propaganda do qual o jornal às
vezes oferece exemplos. No caso,
há apenas o segundo elemento.
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Renata Lo Prete é a ombudsman da Folha. O ombudsman tem mandato
de um ano, renovável por mais dois. Ele não pode ser demitido durante o exercício do cargo e tem estabilidade
por seis meses após o exercício da função. Suas atribuições são criticar o jornal sob a perspectiva do leitor
-recebendo e verificando as reclamações que ele encaminha à Redação- e comentar, aos domingos, o noticiário
dos meios de comunicação.
Cartas: al. Barão de Limeira 425, 8º andar, São Paulo, SP CEP 01202-900, a/c Renata Lo Prete/ombudsman,
ou pelo fax (011) 224-3895.
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ligue (0800) 15-9000; se deixar recado na secretária eletrônica, informe telefone de contato no horário de atendimento, entre 14h e 18h, de segunda a sexta-feira. |
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