São Paulo, domingo, 01 de dezembro de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Aids e comportamento
"Segundo noticiou a Folha em 27/11, 50% dos infectados pelo HIV são mulheres. No mundo todo, haverá 42 milhões de soropositivos até o fim deste ano.
Esses números mostram a pouca eficiência das campanhas de prevenção, que deveriam focar o comportamento humano, degradado em nome de uma pretensa modernidade. Usar camisinha não é a salvação contra as doenças sexualmente transmissíveis.
Que tal a população mudar de atitudes com relação ao sexo e ao uso de drogas por exemplo?"
Ana Sasaki (São Paulo, SP)

Chuva e saúde pública
"Não bastasse o risco de a população contrair dengue, com a chegada das chuvas e das enchentes, a possibilidade de contaminação por doenças como hepatite A e leptospirose torna-se assustadoramente iminente.
O impacto imposto ao organismo do paciente, às suas famílias e à nação é violento devido aos óbitos, aos gastos com medicamentos, com consultas ou com internações hospitalares.
É preciso que as autoridades assumam as responsabilidades, investindo pesadamente não somente na manutenção da cidade (esgotos, lixo, limpeza, canalizações, urbanização de favelas etc.) mas também em campanhas permanentes de esclarecimento."
David Neto (São Paulo, SP)

Funcionários esquecidos
"Parece que o esquecimento da questão do funcionalismo público continua pelo próprio presidente que elegemos. Não se vê no grupo de transição o tema funcionalismo/servidor público nem mesmo um membro designado para o assunto, embora, entre outras, a questão da reforma da Previdência passe pelo servidor.
O que estão pretendendo afinal? Fazer como FHC e nos mandar esquecer tudo? Estão todos muito enganados se pensam que vamos "pagar o pato" pela situação deficitária da Previdência."
Antonio Aquilino Conejo, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Campinas, SP)

Serviço inacabado
"O presidente Fernando Henrique Cardoso tem propalado aos quatro ventos que duplicou a rodovia Fernão Dias. Há mais de oito anos (já antes de seu governo), ela vem sendo duplicada a conta-gotas, ainda faltando alguns trechos e acessos a cidades como Varginha, Pouso Alegre e Cambuí.
Após as eleições, apenas alguns homens solitários fazem trabalhos manuais em alguns pontos. Na BR-459 (Itajubá-Poços de Caldas), pararam tudo. Não conseguiram duplicar a BR-381. Quanta inépcia e irresponsabilidade."
Hermes Moreira (Santa Rita do Sapucaí, MG)

Foro especial
"É uma pena que, num país como o nosso, onde grassa a corrupção em suas mais variadas formas, os juízes do mais alto tribunal estejam prestes a dar foro privilegiado a políticos que não têm legitimidade constitucional nem moral para merecê-lo. Espero que os mais altos magistrados não se rendam a essa forma de "neocoronelismo" que o nosso "imperador" quer nos impor."
Pedro Fernandes Albuquerque (Belo Horizonte, MG)

Respeito à privacidade
"Queria saber quem lucra com a verdadeira invasão da vida de um jovem de apenas 16 anos. Queria saber se a liberdade de imprensa está acima da privacidade de um ser ainda em formação. Queria saber se alguém se pôs no lugar de Pedrinho para avaliar os danos irreparáveis oriundos de puro sensacionalismo. Punir atos ilícitos é uma coisa, porém usá-los para aumentar o ibope é desumano.
Na ausência de outros parâmetros, que seja elaborada a lei do bom senso."
Maria Inês Prado (São João da Boa Vista, SP)

Pop caro
"Impressionei-me ao ler a reportagem "Quanto vale o show?" (Ilustrada, pág. E1, 29/11), na qual é apresentada uma relação de preços que diversos artistas cobram por míseras horas ao palco.
Há de se lamentar a profunda crise de personalidade por que passa a música pop mundial, extremamente maquiada e avessa a originalidades. A celebração, o protesto e as diversidades sociais, outrora marcantes na história musical, tornam-se "démodé".
Infelizmente, com raríssimas exceções, é o trivial que sobressai, e ele custa muito caro."
Pedro Rogério Martini (Bauru, SP)

Inflação no dia-a-dia
"Minha mulher foi a um supermercado em Marília (SP) e voltou desanimada e revoltada com os preços de produtos básicos impossíveis de serem trocados no dia-a-dia, como arroz, feijão, óleo de soja e açúcar.
A causa desse indecente aumento geral de nossa cesta básica seria o dólar. A desculpa é que esses produtos são de mercado mundial e, por isso, taxados nessa moeda. Virou moda.
O pior de tudo isso é que nós, consumidores, estamos assistindo bovinamente a tudo isso sem tomarmos atitude. Os que reclamam, como é o meu caso, são considerados fregueses "chatos"."
Laércio Zanini (Garça, SP)

Limites ao sindicalismo
"Motivados pela impunidade absoluta que assola o país, os motoristas de ônibus de São Paulo demonstraram que, efetivamente, essa última greve não teve nada a ver com a defesa legítima de seus direitos, mas, sim, com a irresistível vocação pela baderna, que sempre caracterizou o sindicalismo troglodita, principalmente no Brasil.
Está mais do que na hora de cobrar desses sindicalistas responsabilidade civil e penal por seus atos. É preciso quebrar a espinha dorsal desse sindicalismo selvagem para abrir espaço a novas lideranças efetivamente comprometidas com a lei e com a ordem. Senão, com a sensação de impunidade fortalecida, chego a ter medo do que nos espera nos próximos anos."
Augusto Pimazoni Netto (São Paulo, SP)

Ônibus e responsabilidades
"Antes, o vilão era a Companhia Municipal de Transportes Coletivos de São Paulo. Muito bem, privatizaram a CMTC. O setor de transporte coletivo não é mais o "arcaico estatal".
Não dá para entender por que agora o Estado é responsabilizado pela bagunça e pelo desrespeito aos pobres que não têm dinheiro para comprar carros."
Sônia M. Bulhões Miranda (São Paulo, SP)

Benefícios da clonagem
"Não devemos esquecer que, com o advento da clonagem humana, haverá melhor desenvolvimento das células-tronco. São células encontradas em qualquer indivíduo e que podem se diferenciar em qualquer outro tipo celular presente no organismo humano. Devido a esse poder de diferenciação, essas células poderão recompor órgãos perdidos em decorrência de alguma doença.
Uma pessoa com diabetes, por exemplo, poderá retirar parte de seu pâncreas com o problema e inserir células-tronco com ausência do gene que codifica diabetes, ocorrendo uma recomposição da parte perdida. Portando, milhares de enfermidades poderão ser curadas"
Fabiano Gênova, estudante de medicina (Jundiaí, SP)


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