São Paulo, quarta-feira, 03 de setembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Domésticas
"A leitora Ana Lúcia Azevedo ("Painel do Leitor", 1º/9) deve ter dificuldade para entender os motivos que levam as "indolentes" domésticas a não investirem na sua formação profissional. Como ingressar em uma carreira "tão promissora" sem competências básicas, como formação em gastronomia, hotelaria e psicologia infantil, não é? Seguramente, a patroa Ana Lúcia Azevedo oferece uma remuneração compatível para que sua empregada supra tais deficiências e, como os usineiros de cana, faz parte da galeria de heróis nacionais do presidente Lula."
ALFREDO CASEIRO (São Paulo, SP)

Nestlé
"Em seu artigo de domingo passado ("De henri.nestlé@edu para ivan.zurita@com", Brasil), sobre peso e preços de produto da Nestlé, o jornalista Elio Gaspari exagerou ao tentar confundir minhas atribuições corporativas na Nestlé com minhas ocupações pessoais e familiares no agronegócio. Infelizmente, só é noticiada pela mídia a aplicação da multa em si, não sendo noticiadas as decisões que consideram tais multas exageradas ou descabidas. Ao contrário do que ocorria na época do Império, hoje, o consumidor, com família menos numerosa e hábitos alimentares diferentes, busca produtos mais adequados às suas necessidades e à sua capacidade financeira. Para atendê-lo, são disponibilizados produtos que contêm quantidades adequadas e que requerem menor desembolso. As empresas devem acompanhar as tendências, assegurando, assim, a competitividade. Não é bom para as empresas reduzirem o peso das embalagens. Com isso, simplesmente vendem menos. As empresas só reduzem o peso de seus produtos porque o consumidor assim o deseja, visando um menor desembolso por aquisição. Nesse contexto é que devem ser analisadas a redução de peso de embalagens e outras alterações dos produtos. Reduzir o peso de um produto é lícito. Há regras para isso, estabelecidas por legislação específica. Não engana o consumidor quem, como a Nestlé, inclusive no caso que foi objeto da coluna, comunica ao consumidor a redução nos termos definidos pela lei. Assim, tenha certeza de que nosso fundador, Henri Nestlé, pode se orgulhar desta empresa e de seus empregados. Assim como ele, respeitamos as leis e o nosso consumidor, que, afinal, é o motivo principal de nossa existência e permanência no mercado."
IVAN ZURITA , presidente da Nestlé do Brasil (São Paulo, SP)

Grampos e rendas
""É mais fácil legalizar certas coisas do que legitimá-las" (Nicolas Chamfort, moralista francês, 1741-1794). E ele ainda disse: "Deve-se ser justo antes de ser generoso, como se tem camisas antes de se ter rendas". A propósito, em relação a essa reclamação dos três Poderes sobre os grampos colocados em suas telecomunicações, eu lhes diria: quem não deve não teme, pois nem tudo o que é legal é legítimo, do mesmo modo que nem tudo o que é legítimo é legal. Entre o legal dos três Poderes e o legítimo dos grampos da Abin, pergunto: qual é o mais justo? Curioso como as vestes dos magistrados são cheias de rendas..."
SAGRADO LAMIR DAVID (Juiz de Fora, MG)

Eleição
"Na edição de segunda-feira, para não noticiar que o horário eleitoral de Marta é o melhor, a Folha publicou como título: "Programa de TV de Maluf tem pior avaliação, segundo Datafolha". A Folha erra ao tentar enganar o leitor, escondendo os fatos. E qual é o fato principal? O programa de Marta ser o preferido. Maluf nem está entre os três primeiros colocados na pesquisa. Então, o que significa o programa dele ser o pior avaliado? Nada, certo? É como dar manchete para o último colocado na Olimpíada, ignorando a China."
JOSÉ AUGUSTO LISBOA (São Paulo, SP)

Anencefalia
""Vivemos sob a égide não do direito canônico, mas do direito em si". Essas foram sábias palavras do ministro Marco Aurélio (STF) acerca da polêmica que envolve a descriminalização do aborto em casos de anencefalia. Deve-se, sem dúvida, respeitar a posição contrária da comunidade religiosa, entretanto a grande maioria da comunidade científica assegura que bebês com anencefalia não têm nenhuma chance de sobreviver quando o diagnóstico é correto. Cabe, portanto, aos ministros do STF chegarem a uma histórica decisão -em meio a argumentos passionais de um lado e técnico-jurídicos de outro."
ALEXANDRE RAMALHO (Campinas, SP)

Fumo
"Em relação à indignação dos senhores Ithamar Stocchero (Cotidiano, 30/8) e Wander Cortezzi ("Painel do Leitor", 2/9), gostaria de dizer que, se o Código Penal Brasileiro houvesse tipificado o hábito de fumar como crime, conforme ironiza o senhor Cortezzi, milhares de pessoas não teriam morrido nem ficado incapacitadas. Acho que os fumantes têm todo o direito de fumar, mas eu também tenho todo o direito de não me ver obrigado a inalar a fumaça dos cigarros. Parafraseando o senhor Cortezzi, digo que, se campanhas educativas não derem certo, que se respeite a opção do cidadão adepto do não-tabagismo."
ANTONIO ROBERTO SPINOLA COSTA (São Paulo, SP)

Seguro
"Muito interessante essa decisão do STJ ("STJ nega seguro de vida a viúva de motorista bêbado", Cotidiano, ontem). O motorista bebe, e a viúva é punida duas vezes (fica sem o marido e sem nenhuma ajuda). E, claro, ganham as companhias de seguro, que receberam os pagamentos do, antes, contratante e, depois, bêbado."
ANITA PEREIRA (São Paulo, SP)

Coca-Cola
"Sobre a nota "Velório" (Mônica Bergamo, Ilustrada, 28/8), a Coca-Cola Brasil informa que não está participando de nenhuma mobilização em relação à presidência do Cade, até porque o código de ética da companhia, absolutamente rígido, proíbe formalmente qualquer tipo de ingerência em processos ligados a órgãos públicos. Além do que, o senhor Arthur Badin é profissional totalmente reconhecido na sua área de atuação."
MAURÍCIO BACELLAR , gerente de relações institucionais da Coca-Cola Brasil (São Paulo, SP)

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