|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Domésticas
"A leitora Ana Lúcia Azevedo
("Painel do Leitor", 1º/9) deve ter dificuldade para entender os motivos
que levam as "indolentes" domésticas a não investirem na sua formação profissional.
Como ingressar em uma carreira
"tão promissora" sem competências
básicas, como formação em gastronomia, hotelaria e psicologia infantil, não é?
Seguramente, a patroa Ana Lúcia
Azevedo oferece uma remuneração
compatível para que sua empregada supra tais deficiências e, como os
usineiros de cana, faz parte da galeria de heróis nacionais do presidente Lula."
ALFREDO CASEIRO (São Paulo, SP)
Nestlé
"Em seu artigo de domingo passado ("De henri.nestlé@edu para
ivan.zurita@com", Brasil), sobre
peso e preços de produto da Nestlé,
o jornalista Elio Gaspari exagerou
ao tentar confundir minhas atribuições corporativas na Nestlé com
minhas ocupações pessoais e familiares no agronegócio.
Infelizmente, só é noticiada pela
mídia a aplicação da multa em si,
não sendo noticiadas as decisões
que consideram tais multas exageradas ou descabidas.
Ao contrário do que ocorria na
época do Império, hoje, o consumidor, com família menos numerosa
e hábitos alimentares diferentes,
busca produtos mais adequados às
suas necessidades e à sua capacidade financeira. Para atendê-lo, são
disponibilizados produtos que contêm quantidades adequadas e que
requerem menor desembolso.
As empresas devem acompanhar
as tendências, assegurando, assim,
a competitividade. Não é bom para
as empresas reduzirem o peso das
embalagens. Com isso, simplesmente vendem menos. As empresas só reduzem o peso de seus produtos porque o consumidor assim o
deseja, visando um menor desembolso por aquisição.
Nesse contexto é que devem ser
analisadas a redução de peso de
embalagens e outras alterações dos
produtos.
Reduzir o peso de um produto é
lícito. Há regras para isso, estabelecidas por legislação específica. Não
engana o consumidor quem, como
a Nestlé, inclusive no caso que foi
objeto da coluna, comunica ao consumidor a redução nos termos definidos pela lei.
Assim, tenha certeza de que nosso fundador, Henri Nestlé, pode se
orgulhar desta empresa e de seus
empregados. Assim como ele, respeitamos as leis e o nosso consumidor, que, afinal, é o motivo principal de nossa existência e permanência no mercado."
IVAN ZURITA , presidente da Nestlé do Brasil
(São Paulo, SP)
Grampos e rendas
""É mais fácil legalizar certas coisas do que legitimá-las" (Nicolas
Chamfort, moralista francês, 1741-1794). E ele ainda disse: "Deve-se
ser justo antes de ser generoso, como se tem camisas antes de se ter
rendas".
A propósito, em relação a essa reclamação dos três Poderes sobre os
grampos colocados em suas telecomunicações, eu lhes diria: quem
não deve não teme, pois nem tudo o
que é legal é legítimo, do mesmo
modo que nem tudo o que é legítimo é legal.
Entre o legal dos três Poderes e o
legítimo dos grampos da Abin, pergunto: qual é o mais justo?
Curioso como as vestes dos magistrados são cheias de rendas..."
SAGRADO LAMIR DAVID (Juiz de Fora, MG)
Eleição
"Na edição de segunda-feira, para
não noticiar que o horário eleitoral
de Marta é o melhor, a Folha publicou como título: "Programa de TV
de Maluf tem pior avaliação, segundo Datafolha".
A Folha erra ao tentar enganar o
leitor, escondendo os fatos. E qual é
o fato principal? O programa de
Marta ser o preferido. Maluf nem
está entre os três primeiros colocados na pesquisa.
Então, o que significa o programa
dele ser o pior avaliado? Nada, certo? É como dar manchete para o último colocado na Olimpíada, ignorando a China."
JOSÉ AUGUSTO LISBOA (São Paulo, SP)
Anencefalia
""Vivemos sob a égide não do direito canônico, mas do direito em
si". Essas foram sábias palavras do
ministro Marco Aurélio (STF) acerca da polêmica que envolve a descriminalização do aborto em casos
de anencefalia.
Deve-se, sem dúvida, respeitar a
posição contrária da comunidade
religiosa, entretanto a grande maioria da comunidade científica assegura que bebês com anencefalia não
têm nenhuma chance de sobreviver
quando o diagnóstico é correto.
Cabe, portanto, aos ministros do
STF chegarem a uma histórica decisão -em meio a argumentos passionais de um lado e técnico-jurídicos de outro."
ALEXANDRE RAMALHO (Campinas, SP)
Fumo
"Em relação à indignação dos senhores Ithamar Stocchero (Cotidiano, 30/8) e Wander Cortezzi
("Painel do Leitor", 2/9), gostaria de
dizer que, se o Código Penal Brasileiro houvesse tipificado o hábito
de fumar como crime, conforme
ironiza o senhor Cortezzi, milhares
de pessoas não teriam morrido nem
ficado incapacitadas.
Acho que os fumantes têm todo o
direito de fumar, mas eu também
tenho todo o direito de não me ver
obrigado a inalar a fumaça dos
cigarros.
Parafraseando o senhor Cortezzi,
digo que, se campanhas educativas
não derem certo, que se respeite a
opção do cidadão adepto do não-tabagismo."
ANTONIO ROBERTO SPINOLA COSTA (São Paulo, SP)
Seguro
"Muito interessante essa decisão
do STJ ("STJ nega seguro de vida a
viúva de motorista bêbado", Cotidiano, ontem).
O motorista bebe, e a viúva é punida duas vezes (fica sem o marido e
sem nenhuma ajuda).
E, claro, ganham as companhias
de seguro, que receberam os pagamentos do, antes, contratante e, depois, bêbado."
ANITA PEREIRA (São Paulo, SP)
Coca-Cola
"Sobre a nota "Velório" (Mônica
Bergamo, Ilustrada, 28/8), a Coca-Cola Brasil informa que não está
participando de nenhuma mobilização em relação à presidência do
Cade, até porque o código de ética
da companhia, absolutamente rígido, proíbe formalmente qualquer
tipo de ingerência em processos ligados a órgãos públicos.
Além do que, o senhor Arthur Badin é profissional totalmente reconhecido na sua área de atuação."
MAURÍCIO BACELLAR , gerente de relações institucionais da Coca-Cola Brasil (São Paulo, SP)
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: Roberto Teixeira da Costa: Investigação apreciativa
Próximo Texto: Erramos Índice
|