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Situação em disputa
A QUATRO semanas do primeiro turno, Geraldo
Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) estão tecnicamente empatados em segundo
lugar na disputa pela Prefeitura
de São Paulo. A lenta mas contínua ascensão do prefeito, associada à queda nas preferências
pelo ex-governador tucano, embaralhou a corrida que decidirá,
provavelmente, o adversário de
Marta Suplicy no segundo turno.
O Datafolha publicado ontem
reiterou o dado sociopolítico básico sobre este pleito: o eleitorado na cidade continua dividido,
praticamente ao meio, entre PT,
de um lado, e PSDB-DEM, do outro. A polarização que já se enunciava em 2000 -quando Alckmin deixou de disputar com
Marta o segundo turno por menos de 8.000 votos- impôs-se a
partir da eleição seguinte, à custa
do declínio do malufismo.
Os 40% obtidos por Marta Suplicy na pesquisa correspondem
à soma das intenções de voto em
Alckmin (22%) e em Kassab
(18%). Nas simulações de segundo turno, a petista está rigorosamente empatada com o tucano.
Quando o adversário da ex-prefeita é Kassab, a margem de vitória da ex-prefeita, que já foi de 20
pontos, caiu para sete.
Expostos à propaganda eleitoral, os paulistanos mais próximos dos tucanos reagem como se
estivessem, na prática, diante de
duas opções quase equivalentes
para enfrentar a petista. Não por
acaso, caiu pela segunda vez consecutiva o índice de rejeição a
Kassab, que era semelhante ao
obtido por Marta Suplicy.
Com mais tempo de propaganda -e programas mais bem avaliados pelos eleitores-, mais dinheiro para campanha e aprovação do governo em alta, Kassab
conseguiu aproximar-se de Alckmin. Resta saber com que recursos o ex-governador contará na
tentativa de, pelo menos, congelar as suas chances no atual patamar até 5 de outubro.
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