São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2008 |
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CARLOS HEITOR CONY Algemas e tronco
RIO DE JANEIRO - Foi necessária a decisão do Supremo Tribunal
Federal para invalidar o julgamento de um homicídio pelo fato de o
criminoso ter sido algemado indevidamente, uma vez que não ameaçou fugir nem reagir ao ato de sua
prisão. Uma regra óbvia que pretende acabar com o uso e o abuso
das algemas em qualquer situação,
o que cria um prejulgamento policial, uma truculência cuja finalidade não é punir com antecipação o
possível culpado, mas humilhá-lo
social e publicamente. Morreu na semana que hoje acaba um dos meus ídolos dos gramados. Píndaro Possidente Marconi formou, com Castilho e Pinheiro, um dos antigos "trios finais" mais importantes do nosso futebol. Sob a direção de Zezé Moreira, o Fluminense adotara a tática da marcação por zona, que deixava o adversário com o domínio de bola até a entrada da grande área. Ali a coisa engrossava. Castilho, Píndaro e Pinheiro não deixavam nada passar. O time foi campeão carioca de 1951 e da Taça Rio do ano seguinte. Foi convocado para a seleção de 1950, mas desentendeu-se com o técnico Flávio Costa, que tinha outra tática de jogo e preferiu Augusto, que era o capitão do Vasco e da própria seleção. Zagueiro duro, membro da Polícia Especial, mais tarde diretor da Censura Federal, Augusto não tinha a elegância e a eficiência de Píndaro, um poeta em campo. Texto Anterior: Brasília - Eliane Cantanhêde: Falta comando Próximo Texto: Rogério Gentile: Medicina paliativa Índice |
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