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Editoriais
Olho no investimento
A PERCEPÇÃO de que a economia brasileira se encontra em moderada desaceleração se amplia. Na quinta,
foi a vez de a Confederação Nacional da Indústria (CNI) rever
para baixo a sua expectativa de
crescimento do PIB em 2008,
que passou de 5% para 4,7%.
Os indicadores de atividade
econômica que sinalizam queda
da velocidade de crescimento no
segundo trimestre ainda não são
abundantes, mas parecem corroborar a avaliação da CNI.
Destacam-se os resultados de
duas pesquisas mensais do
IBGE. A do comércio varejista
apurou crescimento bem mais
moderado das vendas em abril; e
o levantamento da produção industrial apontou recuo de 0,5%
de abril para maio.
Os fatores que contribuem para a redução da velocidade do
crescimento são vários. A desaceleração de importantes parceiros comerciais reduz a velocidade das vendas externas. A aceleração da inflação corrói o poder
de compra dos consumidores. E
o Banco Central também reage à
escalada dos preços, aumentando os juros -o que indica que a
expansão do crédito, que tem sido forte, poderá arrefecer.
Para debelar a inflação uma
moderação do ímpeto da economia pode revelar-se funcional.
Mas é importante evitar medidas que desestimulem o investimento empresarial, pois a continuidade da sua recuperação é
crucial para a economia poder
voltar a crescer com mais força,
sem pressionar a inflação, logo
mais à frente.
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