São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 2003 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR Isso é o PFL "Foi noticiado pela Folha que o PFL exigiu -e o PT aceitou- a retirada da progressividade do imposto sobre herança e da tributação de barcos de luxo e de aviões na reforma tributária ("PFL exige e PT abre mão de imposto sobre herança", Brasil, 11/12). A coisa mais perniciosa que existe na nossa democracia é a vergonhosa concentração de renda. Só nos resta manter a esperança de que, nas futuras legislaturas, a maioria dos políticos esteja efetivamente comprometida com a distribuição de renda que a sociedade deseja." Ricardo Luiz Rocha Cubas (Brasília, DF) Símbolo "Solicito a gentileza de que alguém me informe de quem partiu a autorização -se é que existe- para a utilização de um símbolo paulista (o obelisco do parque Ibirapuera) como suporte de propaganda da Claro. Caso não exista a autorização, há que responsabilizar o poder público pela afronta." José Alvarez Coso (São Paulo, SP) Violência do protesto "A indignada passeata a que se refere a sra. Iza Madeira ("Painel do Leitor", 12/ 12) não foi organizada pelo rabino Sobel, que nela teve pequena participação. Se tivéssemos mais líderes que, como ele, trabalham permanentemente contra a violência e mais protestos públicos como o ocorrido, teríamos menos atrocidades como a dos skinheads no trem, mesmo tendo de gastar tempo para rebater ataques rancorosos e infundados." Jaques Rechter (São Paulo, SP) Faz sentido? "A sra. Neide Bittencourt ("Painel do Leitor", 10/12) perguntou: "O que um juiz tem que um professor não tem?". O editorial "Mais professores" (Opinião, 20/10) perguntou: "O que leva alguém a querer tornar-se professor?". E respondeu: "A resposta evidentemente não está no salário". Ressaltou: "É claro que juízes são importantíssimos, mas alguém pode afirmar que professores não o são?". E complementou: "Será que faz sentido um professor receber quase 20 vezes menos?". Para reflexão..." Rodolpho Pereira Lima (Bauru, SP) Gestão do PSDB "Ao comentar o artigo "PT sob suspeita", do jornalista Otavio Frias Filho, a prefeita Marta Suplicy afirmou que o governo federal, na gestão do PSDB, se recusou a liberar recursos para a cidade de São Paulo ("Painel do Leitor", 12/12). A petista agiu assim com absoluta má-fé, demonstrando intolerância diante da crítica e tentando imputar a outros a culpa por sua gestão de resultados pífios. A melhor prova do equilíbrio do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso é a afirmação recorrente dos governadores do PT de que estarão satisfeitos caso tenham no governo Lula o tratamento recebido na gestão anterior. No governo do PSDB, a cidade de São Paulo foi beneficiada, por exemplo, com obras como o Rodoanel, com recursos de uma dezena de programas de inclusão social e com a renegociação de sua dívida em condições privilegiadas. Houve discriminação, sim, mas foi por parte da prefeita Marta Suplicy. Foi ela quem recusou, durante boa parte de sua gestão, R$ 2,2 milhões mensais do Bolsa-Escola federal, punindo a população mais carente da cidade por motivos meramente eleitorais. Ao mesmo tempo, reduziu de 30% para 25% a parcela do Orçamento comprometida com a educação, subtraindo R$ 500 milhões anuais do setor, e criou taxas abusivas, que extraem R$ 500 milhões anuais do bolso do paulistano. Ou seja, o cidadão pagou a conta pela falta de austeridade. Diante disso, dizer que a prefeita tenta "iludir o eleitor incauto", como fez Otavio Frias Filho, é dizer o mínimo. É hora de a prefeita parar de se lamentar, ser menos ausente e acompanhar a vitalidade da cidade de São Paulo. Pelo menos." José Aníbal, ex-presidente nacional do PSDB (São Paulo, SP) Santo André "Acredito que Otavio Frias Filho não leia com atenção o próprio jornal que edita. No artigo "PT sob suspeita" (Opinião, pág. A2, 11/12), ele diz que as denúncias não foram feitas por um desafeto do partido, mas pelo próprio irmão da vítima. Ora, a Folha, como todos os demais jornais que cobriram o caso, informou em 2002 que tal irmão é ligado aos partidos de oposição ao PT em Santo André, sempre foi crítico do PT e tinha ligações familiares e de amizade com os empresários de ônibus da cidade que estavam em litígio com a prefeitura. É claro que isso não exime o mérito da denúncia, mas o artigo em referência peca ao dar informação errônea, eivada de partidarismo e má-fé." Luís Carlos Marchesi (São Caetano do Sul, SP) "É notável a precisão cirúrgica da pena de Otavio Frias Filho quando lanceta uma das muitas vertentes do lado escuro do PT: a da corrupção, quase inevitável na América Latina quando um ideário -embora equivocado- se transforma em instituição. Reconheça-se que o ideário petista, mixórdia de velharias marxistas, descompassos existenciais de imaturos e de mal-amadas, religiosos sem vocação religiosa e muita inveja, transforma-se num saco de gatos em busca de boquinhas. Parabéns, Otavio Frias Filho! É preciso coragem para enfrentar os rinocerontes. Não tema." Alexandre de Macedo Marques (São Paulo, SP) Pedágios "Em resposta aos leitores Edson Ribeiro da Silva e Eduardo San Martin ("Painel do Leitor", 10/12 e 11/12, respectivamente), a Artesp -Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo esclarece: A receita de pedágio é o principal recurso para a ampliação e para a manutenção das rodovias. Exemplos disso são o prolongamento em 78 quilômetros da Bandeirantes, a duplicação da Imigrantes e as marginais da Castello Branco. Além disso, as tarifas garantem a operação do Serviço de Ajuda ao Usuário, com guinchos, ambulâncias e telefones de emergência 0800. Só quem já os utilizou sabe da necessidade e da importância dos serviços. Em pouco mais de cinco anos, já foram realizados 4,2 milhões de atendimentos. Uma das importantes características do programa de concessões de rodovias em São Paulo, respondendo à pergunta do leitor Eduardo San Martin, é a de cobrar de quem realmente usa a rodovia -uma questão de justiça social." Adherbal Vieira da Silva, assessor de imprensa da Artesp -Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (São Paulo, SP) Texto Anterior: Luiz Carlos Bresser Pereira: Europa e Estados Unidos Próximo Texto: Erramos Índice |
|