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Vexame
"Até quando nossa seleção estará
nas mãos de um profissional tão
desqualificado como esse cidadão?
Dunga não conhece nada de esquema tático -e sua defesa pessoal
se baseia na arrogância com a imprensa e com o torcedor brasileiro.
Será que a CBF não vê nenhum
técnico (de verdade) disponível no
mercado? Será que vai esperar mais
uma derrota nas Eliminatórias para
consolidar mais uma fatídica e tenebrosa "Era Dunga" na seleção?"
RODRIGO DOLABELA (Belo Horizonte, MG)
Religião
"Reveladora a reportagem de
Bernardo Carvalho no caderno
Mais! de domingo passado ("Religião na América"). Percebe-se o
quão volátil é a idéia de religião.
Deus pode ser elitista, popular,
conservador, liberal, latino, luso-brasileiro, símbolo de auto-ajuda
ou aquilo que seu "fiel" desejar.
Mas se destaca na reportagem o
preconceito em relação aos ateus, o
que não é exclusividade dos EUA.
No Brasil, que se orgulha de ser "o
mais católico do mundo", tal preconceito também é uma infeliz realidade. Será que um dia viveremos
em uma sociedade com efetiva liberdade de crença?"
CRISTIANO ROGÉRIO ALLEIN FONTES
(São Paulo, SP)
Ambiente
"A última ação do Ministério do
Meio Ambiente, em parceria com o
Ministério da Agricultura, mostra a
grande perda que foi a saída de Marina Silva do comando do MMA.
Autorizar que os tratores da
agroindústria passem por cima do
Código Florestal, permitindo que
metade das áreas degradas de reserva legal na Amazônia sejam usadas
para o plantio de oleaginosas destinadas ao biodiesel, só vem a confirmar a visão desenvolvimentista
caolha do PAC do governo federal:
não há planejamento integrado e de
longo prazo, só a promoção de um
crescimento econômico imediatista, que vê apenas números.
Recursos naturais são finitos, assim como a vida humana, cuja qualidade tende a piorar com o desenvolvimento fordista do PAC."
JOSÉ ANTÔNIO TIETZMANN E SILVA (Goiânia, GO)
Estado de São Paulo
"No último dia 11/8, em seminário empresarial realizado no Guarujá (SP), o governador José Serra
contestou dados sobre o PAC em
São Paulo, apresentados horas antes à mesma platéia pelo senador
Aloizio Mercadante.
Os erros cometidos pelo senador
foram vários: superestimar os recursos do governo federal; ignorar a
participação do governo do Estado
e dos municípios nos gastos; incluir
investimentos que são cem por cento estaduais.
O governo do Estado tem o dever
de bem informar não só o senador
mas, principalmente, os paulistas.
Por exemplo: os investimentos
em habitação na Baixada Santista
estão sendo feitos na base de dois
terços por conta do Estado e um
terço por conta da União, além da
contribuição dos municípios, que,
em vários casos, entram com os
terrenos.
Há, também, um erro conceitual
nas informações do senador: financiamentos de bancos estatais federais ao governo do Estado ou aos
municípios não são gastos federais.
São gastos estadual ou municipais,
porque o Estado e os municípios
pagarão os empréstimos. Seria o
mesmo que dizer que as Casas Bahia têm um PAC das geladeiras,
porque financiam a compra do produto. Os clientes ganham de graça
as geladeiras ou têm de pagar as
prestações do crediário -e com juros? Quem gasta são as Casas Bahia
ou os clientes?
Erro ainda maior é pôr na conta
de gasto federal o que não passa de
autorização do Tesouro Nacional
para que o Estado obtenha financiamento do Banco Mundial ou do
BID. Quem vai pagar -portanto,
gastar- é o Tesouro estadual. A autorização fica numa conta, sim -a
da boa vontade do Ministério da
Fazenda.
Na mesma palestra, o governador
Serra disse que o principal mérito
do PAC é o de coordenar os investimentos federais com os estaduais e
municipais, o que não é pouco, além
de trazer recursos que, embora
quase sempre minoritários, são
substanciais e muitíssimo
bem-vindos.
A interlocução do governo do Estado de São Paulo com o governo federal em torno de investimentos no
Estado tem sido, portanto, respeitosa, leal e proveitosa, porque isenta de partidarismos e repleta de boa
vontade recíproca."
BRUNO CAETANO , secretário de Comunicação do
governo do Estado (São Paulo, SP)
Opportunity
"Em sua coluna de ontem ("A CPI
e o delegado", Brasil, pág. A8), o colunista Nelson de Sá afirma que, "na
Folha Online, Kennedy Alencar
postou que "deu vergonha acompanhar o depoimento de Dantas na
CPI", com "deputados que pareciam
seduzidos pela inteligência de um
banqueiro que comanda faz tempo
um dos maiores esquemas de corrupção do país".
Estranho que um repórter especial, como é apresentado Kennedy
Alencar, sinta vergonha porque Daniel Dantas falou na CPI dos Grampos -para a qual foi convocado-
porque não gostou do que ouviu. A
tal ponto que considera que, se é
para ouvir Dantas falar "o que quer",
não tem utilidade essa CPI.
Kennedy Alencar também mostra a setores do PT -em estilo conselheiro- que Dantas os "deixou na
chuva" e "mandou recados ao Palácio do Planalto" nas "barbas dos deputados" que não o impediram de
falar.
A acusação de corrupção feita pelo repórter especial da Folha é a
mesma feita por dois petistas na
CPI que também não deram o direito de defesa a Dantas e que foi
reproduzida pela coluna "Toda Mídia". Resta saber quem vai arcar
com o ônus dessa acusação sem
provas."
ELISABEL BENOZATTI , assessoria de imprensa do
Opportunity (São Paulo, SP)
Telefônica
"Em relação à reportagem "Disputa de teles distorce preço da internet" (Dinheiro, 17/8), a Telefônica reafirma que sempre pautou
sua atuação pelo cumprimento integral da legislação e dos regulamentos que disciplinam os diversos
serviços de telecomunicações no
Brasil. Não é diferente no caso da
regulamentação do Serviço de Comunicação Multimídia, que inclui a
banda larga. Este serviço é prestado
em regime privado, no qual, de
acordo com a Lei Geral das Telecomunicações, "a liberdade é a regra"
(art. 128, inciso I) e "o preço dos serviços será livre" (art. 129).
A política comercial da Telefônica para a venda de seu serviço de
banda larga considera diversos critérios objetivos que justificam
eventuais diferenças de preços. Entre esses critérios destacamos, por
exemplo, as condições de tecnologia e topologia da rede, custos de
instalação, de operação e de manutenção dos serviços e possibilidades
de oferta de pacotes."
EMANUEL NERI , diretor de comunicação corporativa do Grupo Telefônica no Brasil (São Paulo, SP)
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