São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Vexame
"Até quando nossa seleção estará nas mãos de um profissional tão desqualificado como esse cidadão?
Dunga não conhece nada de esquema tático -e sua defesa pessoal se baseia na arrogância com a imprensa e com o torcedor brasileiro.
Será que a CBF não vê nenhum técnico (de verdade) disponível no mercado? Será que vai esperar mais uma derrota nas Eliminatórias para consolidar mais uma fatídica e tenebrosa "Era Dunga" na seleção?"
RODRIGO DOLABELA (Belo Horizonte, MG)

Religião
"Reveladora a reportagem de Bernardo Carvalho no caderno Mais! de domingo passado ("Religião na América"). Percebe-se o quão volátil é a idéia de religião.
Deus pode ser elitista, popular, conservador, liberal, latino, luso-brasileiro, símbolo de auto-ajuda ou aquilo que seu "fiel" desejar. Mas se destaca na reportagem o preconceito em relação aos ateus, o que não é exclusividade dos EUA.
No Brasil, que se orgulha de ser "o mais católico do mundo", tal preconceito também é uma infeliz realidade. Será que um dia viveremos em uma sociedade com efetiva liberdade de crença?"
CRISTIANO ROGÉRIO ALLEIN FONTES (São Paulo, SP)

Ambiente
"A última ação do Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Ministério da Agricultura, mostra a grande perda que foi a saída de Marina Silva do comando do MMA.
Autorizar que os tratores da agroindústria passem por cima do Código Florestal, permitindo que metade das áreas degradas de reserva legal na Amazônia sejam usadas para o plantio de oleaginosas destinadas ao biodiesel, só vem a confirmar a visão desenvolvimentista caolha do PAC do governo federal: não há planejamento integrado e de longo prazo, só a promoção de um crescimento econômico imediatista, que vê apenas números.
Recursos naturais são finitos, assim como a vida humana, cuja qualidade tende a piorar com o desenvolvimento fordista do PAC."
JOSÉ ANTÔNIO TIETZMANN E SILVA (Goiânia, GO)

Estado de São Paulo
"No último dia 11/8, em seminário empresarial realizado no Guarujá (SP), o governador José Serra contestou dados sobre o PAC em São Paulo, apresentados horas antes à mesma platéia pelo senador Aloizio Mercadante.
Os erros cometidos pelo senador foram vários: superestimar os recursos do governo federal; ignorar a participação do governo do Estado e dos municípios nos gastos; incluir investimentos que são cem por cento estaduais. O governo do Estado tem o dever de bem informar não só o senador mas, principalmente, os paulistas.
Por exemplo: os investimentos em habitação na Baixada Santista estão sendo feitos na base de dois terços por conta do Estado e um terço por conta da União, além da contribuição dos municípios, que, em vários casos, entram com os terrenos.
Há, também, um erro conceitual nas informações do senador: financiamentos de bancos estatais federais ao governo do Estado ou aos municípios não são gastos federais. São gastos estadual ou municipais, porque o Estado e os municípios pagarão os empréstimos. Seria o mesmo que dizer que as Casas Bahia têm um PAC das geladeiras, porque financiam a compra do produto. Os clientes ganham de graça as geladeiras ou têm de pagar as prestações do crediário -e com juros? Quem gasta são as Casas Bahia ou os clientes?
Erro ainda maior é pôr na conta de gasto federal o que não passa de autorização do Tesouro Nacional para que o Estado obtenha financiamento do Banco Mundial ou do BID. Quem vai pagar -portanto, gastar- é o Tesouro estadual. A autorização fica numa conta, sim -a da boa vontade do Ministério da Fazenda.
Na mesma palestra, o governador Serra disse que o principal mérito do PAC é o de coordenar os investimentos federais com os estaduais e municipais, o que não é pouco, além de trazer recursos que, embora quase sempre minoritários, são substanciais e muitíssimo bem-vindos.
A interlocução do governo do Estado de São Paulo com o governo federal em torno de investimentos no Estado tem sido, portanto, respeitosa, leal e proveitosa, porque isenta de partidarismos e repleta de boa vontade recíproca."
BRUNO CAETANO , secretário de Comunicação do governo do Estado (São Paulo, SP)

Opportunity
"Em sua coluna de ontem ("A CPI e o delegado", Brasil, pág. A8), o colunista Nelson de Sá afirma que, "na Folha Online, Kennedy Alencar postou que "deu vergonha acompanhar o depoimento de Dantas na CPI", com "deputados que pareciam seduzidos pela inteligência de um banqueiro que comanda faz tempo um dos maiores esquemas de corrupção do país".
Estranho que um repórter especial, como é apresentado Kennedy Alencar, sinta vergonha porque Daniel Dantas falou na CPI dos Grampos -para a qual foi convocado- porque não gostou do que ouviu. A tal ponto que considera que, se é para ouvir Dantas falar "o que quer", não tem utilidade essa CPI.
Kennedy Alencar também mostra a setores do PT -em estilo conselheiro- que Dantas os "deixou na chuva" e "mandou recados ao Palácio do Planalto" nas "barbas dos deputados" que não o impediram de falar. A acusação de corrupção feita pelo repórter especial da Folha é a mesma feita por dois petistas na CPI que também não deram o direito de defesa a Dantas e que foi reproduzida pela coluna "Toda Mídia". Resta saber quem vai arcar com o ônus dessa acusação sem provas."
ELISABEL BENOZATTI , assessoria de imprensa do Opportunity (São Paulo, SP)

Telefônica
"Em relação à reportagem "Disputa de teles distorce preço da internet" (Dinheiro, 17/8), a Telefônica reafirma que sempre pautou sua atuação pelo cumprimento integral da legislação e dos regulamentos que disciplinam os diversos serviços de telecomunicações no Brasil. Não é diferente no caso da regulamentação do Serviço de Comunicação Multimídia, que inclui a banda larga. Este serviço é prestado em regime privado, no qual, de acordo com a Lei Geral das Telecomunicações, "a liberdade é a regra" (art. 128, inciso I) e "o preço dos serviços será livre" (art. 129).
A política comercial da Telefônica para a venda de seu serviço de banda larga considera diversos critérios objetivos que justificam eventuais diferenças de preços. Entre esses critérios destacamos, por exemplo, as condições de tecnologia e topologia da rede, custos de instalação, de operação e de manutenção dos serviços e possibilidades de oferta de pacotes."
EMANUEL NERI , diretor de comunicação corporativa do Grupo Telefônica no Brasil (São Paulo, SP)

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