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ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES
Aos meus leitores
DEUS ME DEU a graça de
completar 80 anos no dia 4
de junho passado. São oito
décadas de vida e seis de trabalho.
Nessa caminhada, esforcei-me para colaborar, ainda que modestamente, para a construção de um
Brasil melhor.
É dessa forma que pretendo continuar. Os projetos sociais me empolgam tanto quanto as expansões
empresariais, em especial os que
dizem respeito à educação e à saúde. São áreas que me fascinam.
Dediquei quase 20 anos a esta
coluna, comparecendo todos os
domingos com artigos que despretensiosamente visaram suscitar
debates para aperfeiçoar as nossas
instituições. Foram quase 900
artigos.
Pretendo continuar colaborando
com este jornal, mas de uma maneira pontual (talvez mensalmente). É uma forma de reduzir a carga,
ou, como queiram, é um presente
que dou a mim mesmo pelos 80
anos de idade.
Ao completar esta fase de artigos
domingueiros, desejo expressar o
mais sincero agradecimento aos
amáveis leitores, de quem, semanalmente, recebi cartas e e-mails
repletos de comentários. Alguns
exageradamente elogiosos; outros
dolorosamente críticos; mas todos
instrutivos.
Confesso gostar do debate.
Aprendo muito com ele. E, por isso,
espero continuar a merecer a atenção dos que vierem a ler meus escritos, ainda que com menos
freqüência.
A Folha de S.Paulo tem sido
muito generosa. Para qualquer
brasileiro, é um superior privilégio
poder ter suas idéias divulgadas
por um jornal de grande circulação, corajoso, confiável e patriótico
-virtudes que foram a base da filosofia do meu saudoso amigo Octavio Frias de Oliveira.
O convite que dele recebi em
1991 para escrever aos domingos
tocou fundo o meu coração. O início foi difícil. Demorava para pesquisar e mais ainda para redigir.
Mas peguei gosto. E dos artigos
acabaram saindo livros e peças
de teatro -projetos jamais pensados por quem se formou em
engenharia.
Com Otavio Frias Filho o convívio continuou agradável e respeitoso. Ele está levando avante, com
brilho crescente, o sonho de seu
pai, o que me dá muita alegria e
oportunidade de cumprimentá-lo.
A equipe da Folha -jornalistas,
técnicos e funcionários- sempre
foi tolerante e atenta para corrigir
os meus escorregões de escritor
amador. Deixo aqui o meu sincero
muito obrigado, prometendo lhes
dar menos trabalho ao passar a escrever de forma mais espaçada.
A todos, até breve.
antonio.ermirio@antonioermirio.com.br
ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES escreve aos
domingos nesta coluna.
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