São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 2008 |
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ANTONIO DELFIM NETTO Estado-Indutor
VIVEMOS A GERAÇÃO perdida com a fórmula do Consenso de Washington para
estimular o desenvolvimento. Ela
foi pobremente simplificada entre
nós na receita: "estabilize, privatize e liberalize". Dele não aproveitamos sequer as boas receitas como,
por exemplo, "manter uma taxa de
câmbio real competitiva". E, das
que aproveitamos, como a privatização absolutamente necessária,
fizemos mal e às pressas, para não
ir ao "default", deixando um problema do qual vamos continuar a
nos arrepender: precificamos os
serviços não-comercializáveis e a
dívida dos Estados e municípios
por indicadores que refletem os
preços dos comercializáveis! A receita do Consenso não era ruim em
si mesma. Pelo contrário, boa parte
dela (inclusive a sua dúvida sobre
as vantagens da liberalização do
movimento de capitais) faz sentido. É preciso reconhecer, entretanto, que ela era, na melhor hipótese, apenas, condição necessária
para o crescimento. Estava longe
de ser também suficiente. ANTONIO DELFIM NETTO 0escreve às quartas-feiras nesta coluna. Texto Anterior: Rio de Janeiro - Ruy Castro: A grande vedete Próximo Texto: Frases Índice |
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