São Paulo, domingo, 28 de julho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

Riscos do país
"Fiquei extremamente preocupado com as notícias da primeira página de anteontem da Folha, sobre o recorde do dólar em relação ao real, a queda das Bolsas e o aumento sensível do risco Brasil. Fiquei estarrecido com o tamanho de nossa dívida pública. Se a "bomba" estourar, vai sobrar mais uma vez para nós, cidadãos honestos, que teremos que pagar essa conta mais uma vez."
Osmar Gabriel (Jales, SP)

"Os mercados financeiros internacionais estão devastando o Brasil, e nossos representantes nada podem fazer. Que Deus nos ajude!"
Sidney Santos Romera (São Paulo, SP)

Só os candidatos de oposição podem acalmar o mercado. Até quando vamos ter que ouvir essa balela? O povo, centro de toda esta discussão, precisa é de emprego, comida e segurança."
Emanuel Cancella (Rio de Janeiro, RJ)

"O dólar chegando a R$ 3 desmascara toda a política econômica do governo Fernando Henrique Cardoso, que disse durante oito anos que a sua politica neoliberal era a melhor para nosso país."
Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)

Alca
"Os textos de Clóvis Rossi no caderno Dinheiro questionam se a Alca valeria a pena para o Brasil, pois, segundo a Fiesp, produziria um aumento de importações muito mais acentuado que o de exportações. Ora, se negociarmos compensações para as barreiras não-tarifárias, tais como os subsídios agrícolas dos norte-americanos, a situação poderia ser bem diferente, com amplos benefícios para ambos os lados."
Jorge A. Nurkin (São Paulo, SP)

Fim da era Vargas
"O brilhante Elio Gaspari puxou pela memória nacional no último domingo (pág. A10), com o destaque para "o fim da era Vargas", tal como disse em seu discurso de posse de primeiro mandato o nosso atual presidente. Logo após esse evento, perguntaram-me alguns jovens amigos, de formação escolar dentro da redentora, o que isso significava. Disse-lhes: isso significa o fim do espírito de brasilidade, do nacionalismo e do brio da nossa gente; da entrega das grandes companhias nacionais ao capital estrangeiro, da subserviência aos povos dominadores e do aumento da nossa dívida externa, como já acontecera com outros países. E tudo sob a batuta de picaretas internacionais, como se está provando agora."
Oswaldo Rosin (São José do Rio Preto, SP)

Sinapse
"Excelente o caderno Sinapse, encartado na última terça-feira na Folha."
Paulo Augusto Breseghelo Braun (São José do Rio Preto, SP)

Críticas de Sarney
"Que autoridade e competência tem o sr. José Sarney (26/7, pág. A2) para criticar o governo Fernando Henrique Cardoso? O governo Sarney nos levou aos maiores índices de inflação que já tivemos. Ele declarou uma moratória sem medir as consequências, cujas sequelas ainda sofremos até hoje."
Luiz José Dutra Silva (São Paulo, SP)

Pesquisa genômica
"Gostei do artigo "A genômica e a complexidade da vida", na pág. A3 de 26/7, de Andrew Simpson e Anamaria Camargo. Acredito que o Brasil tem competência para o desenvolvimento na pesquisa genômica, porque possui cientistas e instituições de pesquisa de excelência. Além disso, como bem mostrou o artigo, estamos passando de uma visão isolada dos fatos científicos para uma visão mais generalista e integrada da vida."
Aloisio Calsoni Bozzini (São José do Rio Pardo, SP)

Vítimas da estupidez
"Quando as pessoas vão parar de pensar em números e mais números e começar a refletir sobre os milhões de inocentes que morrem todos os anos por causa da estupidez humana?"
Daniela Tolezano (São Paulo, SP)

Mascotes partidários
"Como no futebol, em que os times têm animais que os representam, a política poderia adotar essa linhagem de referência, colhendo, com isso, maior popularidade. A rigor, temos já um partido simbolizado pelo tucano, que é uma ave de porte médio, boa de bico. Assim, poderia ser implementado um concurso visando a escolha de animais-símbolos, que, por suas características, possam representar cada um dos nossos grupos de políticos no Congresso Nacional. Exemplificando, para conhecido partido nascido das entranhas da ditadura e que sobreviveu sempre grudado no poder, demonstrando total dependência de um hospedeiro, sugiro o carrapato. Inicialmente pensei na pulga, mas no quesito nobreza ela seria uma má representante, por ser pequena e estar sempre escondida. Não condiz com o partido em questão, grande e sempre à vista. Os animais que me perdoem por tão cruel proposta, mas a causa é justa."
Nilson Figueiredo (Florianópolis, SC)

Precatórios
"O problema do pagamento de precatórios pelo governo de São Paulo vem se constituindo em vergonha das maiores para nosso Estado."
Paulo Roberto Gomes Fernandes e Carlos Macruz (São Paulo, SP)

Sonho em São Paulo
"O grupo australiano Strange Fruit mostrou, com o espetáculo no Vale do Anhangabaú, que poesia, delicadeza e, principalmente, sonho podem fazer parte da vida da cidade de São Paulo."
Sérgio Farah Escamilla (São Paulo, SP)

Pessimismo em questão
"Sobre a carta de Cláudio Faria Leite (26/7), da simpática Divinópolis (MG), gostaria de dizer que hoje não sou um pessimista, mas já fui e posso falar sem suspeição. É melhor ser um pessimista que contesta, que combate o descalabro reinante, do que ser otimista crônico, como muitos brasileiros, que, além de não fazerem nada contra ou a favor, insistem em continuar feito avestruzes, com a cabeça enterrada na areia."
Ewaldo José Romão da Cunha (Campinas, SP)

Paulo Coelho na ABL
"O propagador profissional de superstições Paulo Coelho merecia mesmo estar na Academia Brasileira de Letras?"
Luiz Roberto Turatti (Araras, SP)

"Mesmo não gostando da literatura produzida por Paulo Coelho, seja na forma, seja no conteúdo, não há como negar que ele é um fenômeno de venda no Brasil e no exterior. Para uma academia que apresenta em seus quadros vários imortais com produção literária pouco expressiva, em termos qualitativos e quantitativos, a presença de Paulo Coelho torna-se justa e aceitável."
Everton Jobim (Rio de Janeiro, RJ)

"Que o nosso tempo sofre a "mediocrização da sociedade" é sabido por todos. O que torna triste essa constatação são o descontrole, a incoerência e a arbitrariedade que tomam conta de nosso país. A eleição de Paulo Coelho para a ABL é frustrante para os que pensavam que a instituição fosse o templo da literatura de arte e não da literatura de mercado. Ferreira Gullar, o poeta, afirma que cada coisa se afasta, desigualmente, de sua eternidade. A academia deu o seu primeiro passo."
João Luiz de S. Medina (Belo Horizonte, MG)



Texto Anterior: Jacques Marcovitch: O novo papel das ciências humanas
Próximo Texto: Erramos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.