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PAINEL DO LEITOR
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Multas
"Em relação ao recorde de autuações às infrações de trânsito, é importante destacar que, ainda assim,
a maioria absoluta das infrações
ainda acontece impunemente. Segundo pesquisa noticiada pela Folha em 24/10/2007, "só uma a cada
10 mil infrações cometidas no trânsito de São Paulo é alvo de multa".
Seriam necessários 365 dias para
autuar as infrações que os condutores cometem em menos de uma hora: 5,8 milhões. Tolerância zero?
Longe disso. Apenas reduzimos
nossa tolerância de 99,9% para
99,8%. Só conseguiremos eliminar
a "indústria da multa" se conseguirmos eliminar uma indústria muito
mais "produtiva" -a das infrações."
FABIO STORINO (São Paulo, SP)
Correios
"O leitor Rubem Prado Hoffmann Jr. ("Painel do Leitor", 27/7),
influenciado pelo noticiário sensacionalista, desconhece a Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos.
A sociedade precisa saber que não
está perdendo em termos financeiros com os Correios, pois a empresa
repassa 50% de seu lucro ao governo desde 1969, e nunca precisou de
dinheiro da União. Os salários de
seus empregados estão defasados
em relação aos da concorrência
(Fedex, DHL, empresas de entrega
expressa). Isso não significa que a
greve tenha sido totalmente justa,
mas temos de ser imparciais."
JOSÉ GERALDO SERAFIM NIZ (Osasco, SP)
Aposentadorias
"Segundo o editorial da Folha
"Freada populacional" (28/7), a fecundidade feminina diminui, enquanto a longevidade aumenta, o
que aumenta os gastos da Previdência. Uma pergunta paira no ar: o
governo quer que o trabalhador se
aposente mais tarde a fim de continuar a pagar o INSS por mais tempo, mas as empresas não querem
continuar com um quadro "envelhecido" e fazem de tudo para se livrar dos idosos. Trabalho há 21
anos na mesma empresa, tenho 43
anos, mas já sou considerado velho
para os padrões atuais. Será que
continuarei empregado aos 60, como o governo quer? Que garantias
terei de que meu empenho em qualificação será recompensado?"
RINALDO S. COELHO (Rio de Janeiro, RJ)
Almirante negro
"Lá vem o racismo se manifestando novamente. Não se ouve nenhum protesto sobre a notícia de
que o presidente Lula aprovou a
anistia a João Cândido, mas vetou o
artigo que garantia o direito à indenização pelos danos sofridos, com o
argumento que isto teria impacto
no Orçamento. Em casos anteriores
a Justiça não julgou o "impacto no
Orçamento", vide as vultosas quantias pagas às nem sempre vítimas da
ditadura militar. Mas, quando a vítima é negra, aí a coisa muda de figura. Presidente, aja com a grandeza que o cargo lhe confere, e não
com a pequenez dos que o cercam."
JOÃO ANTONIO A.C. SILVA (São Paulo, SP)
Drogas
"Ao ler a matéria "No Rio, tráfico
vende o crack já misturado com a
maconha" (27/7), lembrei que os
defensores da estratégia de "redução de danos" sempre preconizaram
o uso das duas drogas juntas para
"diminuir a ansiedade". Lendo outra
matéria, "Consumo de crack avança
entre usuário de classe média", descubro que a estratégia de redução
de danos aumentou e aprimorou o
consumo de drogas no Brasil. Os
traficantes devem estar muito agradecidos aos seus idealizadores."
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)
Satiagraha
"Para mim têm sido muito decepcionantes os editoriais e as reportagens da Folha sobre a Operação Satiagraha, em que abundaram as críticas ao Executivo e à Polícia Federal, mas quase nada foi dito sobre a
atuação do STF e de Gilmar Mendes. Perdeu-se assim o foco que deveria existir sobre o grande infrator, Daniel Dantas. É incrível que a
Folha não perceba que a corrupção
no nosso país continuará prosperando enquanto não houver uma
reforma no sistema penal brasileiro. Como disse o ínclito juiz Fausto
De Sanctis, "no Brasil o sistema judicial foi feito para não funcionar"."
ALOÍSIO DE ARAÚJO PRINCE (Belo Horizonte, MG)
Lei seca
"Parabéns à Folha pelo brilhante
artigo de Luiza Nagib Eluf sobre a
lei seca (Opinião, 28/7). Os brasileiros glamourizam a bebida, mas
se ofendem quando somos rotulados lá fora de reduto da cachaça."
JOSÉ CÁSSIO DE MELLO CASTANHO JÚNIOR (São Paulo, SP)
"Em relação ao texto de Luiza
Nagib Eluf, alguém com um mínimo de consciência que seja não deixará de festejar os resultados obtidos com a aplicação da "lei seca".
Festejar os resultados não implica,
no entanto, deixar de analisá-los
com mais responsabilidade, o que
não vem sendo feito. A lei está funcionando porque tem havido fiscalização! Se fiscalização eficiente
houvesse, os resultados teriam aparecido com a lei anterior. Não é possível colocar num mesmo saco um
cidadão que tomou uma taça de vinho durante um jantar e um criminoso "comum". Que fique claro: não
estou defendendo que bêbados se
ponham na direção de um veículo e
ameacem a vida alheia e a própria!
Um motorista que durma ao volante e cause um acidente não será
considerado "criminoso'; motoristas de caminhão sob efeito de anfetaminas também não são importunados. Por que não há fiscalização
tão eficiente nesses casos como a
que tem havido às portas de bares e
restaurantes? Dizer que a "lei seca"
está "causando" diminuição dos acidentes de trânsito é questionável.
De resto, festejemos os resultados!"
ANTONIO RICARDO AMARANTE (Campinas, SP)
É grande o interesse na mudança
das regras fixadas pela lei seca por
segmentos da sociedade. Por isso a
sociedade precisa ficar atenta aos
movimentos da poderosa indústria
de bebidas, sobretudo da cerveja, na
tentativa de "flexibilizar" nos tribunais a lei que restringe uso de álcool
pelos condutores de veículos. O
acerto da medida restritiva contida
na lei é tão irresistível que a poderosa mídia, beneficiária dos milhões
de reais pagos pela indústria de bebidas, não tem tido outra alternativa senão mostrar os efeitos benéficos trazidos pela referida lei."
JOSÉ SUNAHARA (Maringá, PR)
Aborto
"No artigo de Dioclécio Campos
Júnior (Opinião, 28/7), há um trecho que diz que a maternidade, entendida como a seqüência de momentos que fazem o bebê evoluir de
embrião a cidadão, não é tarefa exclusiva da mãe, mas responsabilidade de todos. Sem dúvida a afirmativa é correta. É exatamente por
este motivo que a decisão de eliminar um embrião humano também
não é tarefa exclusiva da mãe: os legisladores têm de considerar esta
realidade ao definir os casos nos
quais o aborto deve ser autorizado."
MARCO ANTONIO BANDEIRA (Rio de Janeiro, RJ)
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