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Incêndio paralisa trens da CPTM por quatro horas
Fogo em sistema de iluminação obrigou a companhia a esvaziar centro de controle, paralisando as composições
Passageiros recorreram ao metrô e aos ônibus, que ficaram lotados; trens têm 1,3 milhão de usuários aos sábados
Um incêndio na central de controle da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) interrompeu ontem a circulação das seis linhas por quatro horas.
Para seguir viagem, passageiros tiveram que recorrer ao metrô ou disputar espaço nos ônibus, que ficaram superlotados, numa cena incomum para o sábado.
De acordo com a companhia, o equipamento que sustenta o sistema de iluminação do prédio onde fica o centro de controle, no Brás (região central da cidade), pegou fogo, obrigando a empresa a esvaziar o prédio.
Sem comando, a circulação dos trens teve de ser interrompida das 13h às 17h.
Cerca de 1,3 milhão de passageiros usam os trens aos sábados, segundo a empresa.
O incêndio começou por volta de 12h30 em duas baterias usadas em no-breaks -aparelhos que garantem o abastecimento de energia em caso de queda de luz.
Avisados do fogo, operadores deram ordem para que os trens em movimento parassem nas estações e esvaziassem os vagões.
Quatro carros dos bombeiros foram mobilizados para apagar as chamas, que destruíram equipamentos.
A sala passou por perícia da Polícia Técnico-Científica, que vai apurar as causas do incêndio. Segundo a companhia, ninguém ficou ferido.
"Desconheço qualquer problema similar, foi uma ocorrência singular no histórico da CPTM", disse José Augusto Bissacot, diretor de engenharia da empresa.
A circulação dos trens foi retomada às 17h em quatro linhas, e meia hora depois nas duas restantes.
Apenas parte da linha 10-turquesa, no trecho entre Tamanduateí e Rio Grande da Serra, funcionou durante todo o período. Segundo a CPTM, o controle desse trecho é feito em outro local e não foi afetado.
A companhia disse que o metrô aumentou a quantidade de composições em circulação para suprir o movimento extra. Ônibus municipais e metropolitanos também foram mobilizados emergencialmente, mas não conseguiram impedir a superlotação.
REVOLTA
Um dos afetados foi o assessor de comunicação Marcos Coelho, 31. Ele chegou à estação Vila Olímpia da linha 9-esmeralda por volta das 16h e deu com a cara na porta.
"Estou isolado. Aqui não tem nenhum funcionário, o portão está trancado e só tem um cartaz feito à mão. Também não tem nenhum ônibus", disse ele, que esperou uma hora até a volta dos trens.