Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Foco

Lennon e Mamonas foram mortos por vingança de Deus, diz deputado

DE BRASÍLIA

Em dois vídeos divulgados na internet, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP), relaciona as mortes do ex-beatle John Lennon e dos integrantes da banda Mamonas Assassinas a um castigo divino.

As gravações foram feitas durante cultos evangélicos liderados pelo deputado, que é integrante da Assembleia de Deus. Não há data de quando ocorreram. Mais jovem, Feliciano está com outro penteado.

As falas do pastor em redes sociais e cultos evangélicos são usadas como argumento pelos que cobram sua saída do comando da comissão.

Em um vídeo divulgado no domingo, visto mais de 100 mil vezes até o início da noite de ontem, Feliciano afirmou que Lennon foi morto por Deus devido à declaração de que os Beatles eram mais famosos do que Jesus Cristo.

"A Bíblia diz que Deus não recebe esse tipo de afronta e fica impune", disse o pastor.

Ele afirmou que gostaria de estar na cena do crime, em 1980, quando o músico voltava para o apartamento onde morava em Nova York.

"Eu queria estar lá no dia que descobriram o corpo dele. Ia tirar o pano de cima e dizer: me perdoe, John, mas esse primeiro tiro é em nome do Pai, esse é em nome do Filho, e esse é em nome do Espírito Santo. Ninguém afronta Deus e sobrevive para debochar", afirmou.

Em outra pregação, Feliciano afirma que Deus "fulminou" a banda Mamonas Assassinas, cujos cinco integrantes morreram em um acidente de avião em 1996.

Na avaliação do pastor e parlamentar, a tragédia ocorreu porque a banda, conhecida pelas letras cômicas, tentou colocar "palavras torpes" na boca das crianças.

"O avião estava no céu, região do ministro do juízo de Deus, lá na serra da Cantareira. Em vez de virar para um lado, o manche tocou para o outro. O anjo pôs o dedo no manche e Deus fulminou aqueles que tentaram colocar palavras torpes na boca das nossas crianças."

A assessoria de Feliciano disse que ele não comentaria os vídeos.

Os contrários a Feliciano pedem sua saída da Comissão de Direitos Humanos sob a acusação de que ele defende teses racistas e homofóbicas. O deputado nega.

Apesar de polêmicas, as declarações deram notoriedade a Feliciano. Segundo assessores, ele tem recebido por dia 80 convites para entrevistas exclusivas.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página