São Paulo, quarta-feira, 07 de setembro de 2011

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Crise atual é mais complexa, diz Dilma

Em pronunciamento, presidente afirma que país está mais preparado para enfrentar recessão do que em 2008

Dilma diz que combate à corrupção é uma ação permanente e cita iniciativas para melhorar saúde pública


FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que a crise econômica que o mundo enfrenta "é mais complexa" do que a de 2008, mas "não ameaça fortemente" o Brasil.
Em um pronunciamento de 11 minutos ontem à noite em rede nacional de rádio e TV, Dilma usou a mensagem na véspera do 7 de Setembro para falar de sua preocupação com o cenário mundial.
"O mundo enfrenta os desafios de uma grave crise econômica e cobra respostas novas para seus problemas.
(...) Os países ricos se preparam para um longo período de estagnação ou até de recessão, mas a crise não ameaça fortemente porque o Brasil mudou para melhor", disse.
Ela citou os bons índices de geração de emprego e renda para reforçar que o Brasil está preparado para enfrentar a crise internacional.
"O crédito continua crescendo e a inflação está sob controle. Os juros voltaram a baixar e a estabilidade da economia está garantida", disse.
Ao dizer que ficar atento à crise internacional não significa "ficar com medo ou paralisado", Dilma disse que é preciso "continuar consumindo" e que uma das formas de combater a crise é defender o mercado interno.
Segundo ela, o governo "não irá permitir ataques às nossas indústrias e aos nossos empregos. Não vai permitir, jamais, que artigos estrangeiros venham concorrer, de forma desleal, com os nossos produtos".
Embora Dilma não tenha dito no pronunciamento, a crise econômica mundial levou o governo a reduzir a estimativa de crescimento econômico neste e no próximo ano. Além disso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 7,23%, a maior desde junho de 2005.
Mas para ela "o crédito continua crescendo e a inflação está sob controle".
Dilma fez apenas uma menção ao combate à corrupção, após suspeitas de irregularidades terem atingido várias pastas. Até agora, elas derrubaram três ministros.
"Um país que, com o malfeito, não se acumplicia jamais. E que tem na defesa da moralidade, no combate à corrupção, uma ação permanente e inquebrantável", afirmou Dilma no discurso, gravado no Palácio da Alvorada.
A presidente citou iniciativas do governo federal para garantir uma melhor qualidade dos serviços de saúde pública e afirmou que "dá pra contar nos dedos os países ricos que oferecem saúde gratuita e de qualidade".


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