São Paulo, quarta-feira, 07 de setembro de 2011

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Otimismo cresce mesmo com crise e esfriamento da economia

Maioria das famílias acredita que país vai melhorar em um ano

MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO

O otimismo entre as famílias brasileiras cresceu, apesar do agravamento da crise internacional e do desaquecimento da economia.
Pesquisa feita pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) no mês passado com 3.810 famílias de 214 cidades mostra que o otimismo subiu em relação a julho e é ainda mais alto do que em agosto do ano passado, quando a economia crescia fortemente.
O Índice de Expectativa das Famílias, que reúne informações sobre o que elas esperam da economia e das finanças da própria família, chegou a 65,2 pontos em agosto.
Mais da metade das famílias ouvidas pelo Ipea (56,8%) acredita que a situação econômica do país vai melhorar nos próximos 12 meses. Em julho, o percentual era de 53,2%. Os que pensam que a economia vai piorar caíram de 32% para 34%.
As entrevistas ocorreram entre os dias 8 e 22 de agosto, depois de a agência de classificação de risco Standard & Poor's ter rebaixado a nota dos EUA. O evento reacendeu o medo de uma recessão mundial.
Mas, segundo o Ipea, as famílias brasileiras não acreditam que isso tenha efeito sobre as suas vidas: 81,6% acreditam que daqui a um ano terão situação melhor. É quase o mesmo percentual do mês anterior (81,7%).
Para o presidente do Ipea, Márcio Pochmann, um dos motivos é que "a crise ainda não chegou ao Brasil". "A pessoa pensa assim: nos EUA a coisa está feia, na Europa também. Eu não estou sentindo nada, então estou melhor", disse.
O otimismo em relação à economia cresceu mais entre os que ganham menos. Os otimistas com renda mais alta recuaram 23% desde janeiro.


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