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Moradores armazenam água em garrafas
DE RIBEIRÃO PRETO"A água vem de madrugada. Às 9h já acabou e volta só às 22h, mas bem fraquinha."
A situação, cotidiana, foi relatada à Folha pela aposentada Francisca Alves de Almeida, 66, moradora há dez anos do bairro Ipiranga.
"Desde que me mudei para cá sofro com isso", disse. Aos finais de semana, segundo ela, o problema piora.
"Muitas vezes, a água só volta na segunda-feira e passamos o final de semana a seco", afirmou. A aposentada disse que recorre ao armazenamento de água em garrafas pet, além de caixas d'água, que servem para guardar água para cozinhar.
Medidas semelhantes são tomadas pela comerciante Fabiana Soares, 32.
Segundo ela, além de guardar água em galões as roupas da família são lavadas na casa da mãe, que fica no bairro Santa Cruz.
"Tenho de ir até o outro lado da cidade, mas não tem outro jeito", afirmou.
No Heitor Rigon, a situação é semelhante. O cabeleireiro João Taquaral, 32, afirmou que sofre com o desabastecimento de água há pelo menos seis meses.
"Já procurei [o Daerp], mas nada aconteceu", disse.