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Ribeirão

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Desgaste na catedral de Ribeirão afeta torre

Suspeita é que construção esteja inclinando para frente, afirma padre; prédio sofre com rachaduras e infiltração

Igreja quer que prefeitura interdite rua em frente ao prédio; trânsito intenso pode ter acentuado desgastes

Edson Silva/Folhapress
Rachaduras em parede da catedral de Ribeirão Preto; reforma completa do prédio e da pintura pode ultrapassar R$ 1 mi
Rachaduras em parede da catedral de Ribeirão Preto; reforma completa do prédio e da pintura pode ultrapassar R$ 1 mi
JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO

Os problemas na estrutura da catedral de Ribeirão Preto, que apresenta rachaduras em paredes e cúpulas, pode estar comprometendo também a torre do relógio.

Há suspeita de que a torre já esteja cedendo para frente, de acordo com o vigário da catedral, Francisco Jaber Zanardo Moussa.

A informação, diz ele, foi repassada informalmente por engenheiros da Falcão Bauer, uma empresa de consultoria em engenharia de São Paulo.

A empresa foi contratada pela Arquidiocese de Ribeirão para realizar um estudo sobre as condições estruturais da catedral -tombada pelo Estado-, cujos desgastes começaram a surgir há cinco anos.

O estudo final, incluindo as condições da torre do relógio e sua possível inclinação para frente, em direção à rua Florêncio de Abreu, ainda está sendo elaborado -não há prazo para sua conclusão.

R$ 1 MILHÃO

Para reparar por completo problemas de rachadura e infiltração no prédio, o religioso estima que será necessário um investimento de pelo menos R$ 1 milhão.

Além de arrecadação própria da igreja para reunir esse montante, a instituição estuda pedir recursos à Secretaria de Estado da Cultura e também ao governo federal.

O valor de R$ 1 milhão estimado pelo pároco inclui também a necessidade de revitalizar a pintura interna, já bastante comprometida.

São afrescos com temas religiosos, em todas as paredes e teto, de Benedito Calixto de Jesus, artista conhecido, no início do século 20, por pinturas que fez em diversas igrejas do interior do país.

Os afrescos começaram a ser executados por Calixto e outros artistas de sua equipe em 1916, um ano depois da inauguração do atual prédio da catedral -a primeira igreja matriz, na praça 15 de Novembro, foi erguida em 1870.

A pintura de Calixto foi concluída em 1922. O último reparo, tanto na pintura como na estrutura da catedral, foi concluído em 1999.

TRÂNSITO

O trânsito intenso de ônibus e também de caminhões na rua Florêncio de Abreu, diz Moussa, é um dos possíveis responsáveis pelas rachaduras detectadas nas paredes e cúpulas da catedral.

"Até os anos 90, não haviam aqui nessas ruas tantos ônibus. A gente percebe que, quando eles passam, o prédio vibra bastante."

Com este argumento, a arquidiocese quer pedir à prefeitura a interdição da rua Florêncio de Abreu, apenas em frente à catedral. No local seria construído um calçadão para pedestres.

A prefeitura informou que uma reunião será agendada para debater o assunto.


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