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Polícia Civil apura lista de 500 alvos de furtos
Suspeitos presos em Taubaté listavam empresários de origens chinesa, coreana e libanesa
DE RIBEIRÃO PRETO
A Polícia Civil de Taubaté, no Vale do Paraíba, encaminhou ontem para a Delegacia-Geral do Estado a lista de 500 nomes de empresários de origens chinesa, coreana e libanesa que seriam alvo de furtos em várias cidades de SP.
O arquivo com a classificação das vítimas por cidade foi encontrado no tablet usado por três suspeitos presos no dia 15, em Taubaté. Há empresários de Ribeirão Preto, Campinas e São Paulo.
Pelo menos três empresários que estão na lista já foram alvo de furto neste ano.
Jefferson Vieira da Rosa, 28, Marcos Vinícius de Souza Martins, 25, e Felipe Teixeira de Souza, 20, foram presos em flagrante após furtarem uma residência em Taubaté.
De acordo com o delegado Juarez Toti, os alvos dos suspeitos eram empresários e comerciantes donos de joalherias, imobiliárias e lojas de tecidos, espalhados por pelo menos 85 cidades paulistas.
Ainda segundo Toti, a maior parte dos integrantes da lista está concentrada na capital paulista e no Vale.
Há ainda supostas vítimas de Franca, Araraquara, Limeira, Piracicaba, Sorocaba e Jaboticabal. Em Ribeirão Preto, dez empresários estavam na mira dos bandidos.
A lista com os nomes também foi enviada para as delegacias das 85 cidades. Segundo o delegado, o objetivo é que cada município faça um levantamento dos integrantes da lista para tentar identificar quantos já foram alvos de crimes e se eles podem identificar os suspeitos.
No tablet, a lista estava dividida por cidades e na frente de cada nome continha endereço, telefone e ocupação da pessoa. De acordo com o delegado, os suspeitos vinham agindo havia pelo menos seis meses. Suspeita-se que a lista foi produzida a partir de dados da internet.
De acordo com o delegado, os suspeitos estão presos no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Taubaté e respondem por tráfico de drogas, posse ilegal de arma e furtos.
Segundo Toti, um dos suspeitos tem uma loja de eletrônicos na região da rua 25 de Março e outro ajuda a mãe em uma barraca na Feira da Madrugada, na capital. "Há a suspeita que eles negociavam os objetos furtados nos próprios comércios."