Ribeirão Preto, Quarta-feira, 07 de Setembro de 2011

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Umidade do ar chega a 8% em Barretos

Em Pradópolis, índice foi de 9%, marca similar aos registros feitos em Ribeirão Preto, Araraquara e São Carlos

Situação é de estado de emergência em seis cidades; desertos, como o do Saara, registram entre 10% e 15%

Silva Junior/Folhapress
Pessoas caminham em calçada da avenida Francisco Junqueira com umidificador de ar; umidade relativa chegou a 10% em Ribeirão Preto ontem

ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO

Um novo recorde de tempo seco foi batido ontem na região de Ribeirão Preto.
Pelo segundo dia consecutivo, ao menos seis cidades do nordeste paulista atingiram o estado de emergência -registraram 12% ou menos de umidade relativa do ar.
De acordo com a medição do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o índice chegou ontem a 8% em Barretos, 9% em Pradópolis e 10% nas cidades de Franca e de São Carlos.
Às 15h, Ribeirão e Araraquara registraram umidade relativa do ar abaixo de 10%, segundo a estação da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que não faz a medição em situações mais graves do que essa.
Desertos como o do Atacama, no Chile, e o do Saara, no norte da África, registram umidade entre 10% e 15%.
Em Ribeirão, a taxa mínima foi marcada entre 15h e 17h. Nesse horário, em pleno inverno, a cidade atingiu temperatura de 38,4ºC, a segunda mais alta do ano -o pico de temperatura em Ribeirão foi registrado em agosto.
O calor e o tempo seco fizeram carteiros e agentes do controle de vetores trabalharem menos tempo nas ruas de Ribeirão e de Araraquara.
Em Araraquara, onde a temperatura chegou a 33,9ºC entre 15h e 16h, as aulas de educação física foram transferidas para áreas cobertas. As escolas reforçaram a hidratação dos estudantes.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda a suspensão de atividades ao ar livre entre 11h e 17h, quando a concentração de poluentes costuma ser mais intensa.
A onda de calor e tempo seco atinge a região desde a semana passada. A chuva que caiu em Ribeirão, Araraquara, Barretos e Franca na quinta passada não foi suficiente para amenizar a situação.

POLUIÇÃO E QUEIMADA
"Aliado ao tempo seco, a concentração de poluentes de veículos e queimadas fazem com que o ar fique sujo nesse período. Isso facilita o aparecimento de doenças respiratórias", diz o clínico-geral Paulo Olzon, da Unifesp.
Os principais efeitos do tempo seco são secura nos olhos, garganta e nariz e dificuldade de respiração.
"O uso de um vaporizador ou de toalhas molhadas podem ajudar a amenizar a sensação de secura", diz Olzon.
O especialista recomenda cuidado especial com a hidratação de crianças e idosos.
Segundo o meteorologista do Inmet Marcelo Schneider, a umidade pode cair ainda mais nesta quarta-feira.
As temperaturas vão se manter em alta até amanhã, quando uma massa de ar seco impedirá a formação de nuvens. As máximas devem oscilar em torno de 38ºC.
Com a chegada de uma massa de ar frio, há possibilidade de chuva fraca na região na sexta-feira.



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