Ribeirão Preto, Quarta-feira, 07 de Setembro de 2011

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Incêndio na USP foi criminoso, indica análise do Ibama na área

Fogo consumiu grande parte do maior banco de floresta do país

Silva Junior/Folhapress
Área que foi queimada no campus USP de Ribeirão Preto

ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

O fogo que consumiu no mês passado 82 hectares de área verde na USP de Ribeirão -entre eles 27,3 hectares do banco genético de florestas- foi criminoso, segundo análise do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente).
A conclusão é do técnico do instituto em Ribeirão Celso Luiz Ambrósio, depois de 15 dias de estudos no local. O relatório detalhado com as causas do fogo será divulgado amanhã.
Já o Corpo de Bombeiros de Ribeirão trabalha com a hipótese de o incêndio ter sido causado por brasa de um cigarro, o que caracteriza queima criminosa culposa por negligência ou imperícia.
Segundo o sargento Ronaldo Capareli, não há evidências de queima de lixo na área onde começou o fogo, perto do Jardim Paiva.
No dia da queima, essa possibilidade foi apontada pelo coordenador do campus, José Moacir Marin.
O banco genético da USP incluía exemplares da mata mesófila semidecidual do país -a mata atlântica do interior- e era o maior do Brasil.
Na área, haviam sido plantadas 44 mil mudas de árvores a partir de sementes de 3.375 matrizes, colhidas em 400 áreas de remanescentes.
O plantio das árvores, feito de 1998 a 2002, seguia um modelo matemático para que as árvores irmãs de uma mesma espécie ficassem a 30 metros de distância uma da outra, para evitar a polinização cruzada entre elas e manter a variabilidade genética.



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