Ribeirão Preto, Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 2010

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Dengue gera atendimento caseiro na região

Intenção é evitar que pessoas com casos menos graves da doença ocupem leitos da rede pública, sobrecarregando o sistema

Na escala de prioridade, dengue só fica atrás de vítimas de derrame, trânsito e infarto no atendimento público em Jardinópolis

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Depois de a Prefeitura de Jaboticabal criar um ambulatório especializado em dengue num prédio onde funcionou um velório, agora é a vez de a administração de Rincão priorizar o atendimento a pessoas com suspeitas da doença.
Desde o início da semana, um médico atende na unidade central de saúde do município apenas casos suspeitos e confirmados de dengue. Além disso, uma enfermeira foi disponibilizada para visitar os pacientes que estão em casa, em recuperação depois de confirmada a doença.
O número de casos de dengue na cidade neste ano é quase o triplo do necessário para ser considerado epidêmico -8,3 para cada mil habitantes.
Só na última semana, o número de casos mais que dobrou, saltando de 36 para 91.
A ideia é evitar que pessoas com casos menos graves da doença ocupem leitos da rede pública e sobrecarreguem o sistema de saúde.
"Ela [enfermeira] orienta o paciente quanto ao nível de hidratação necessário para agilizar a recuperação", afirmou a assessora da diretoria de saúde, Maria Angélica Mantovanelli, que responde interinamente pelo departamento.
Segundo ela, não há registros de dengue hemorrágica, forma mais grave da doença. "Todas as pessoas que foram infectadas pelo vírus já se recuperaram e retomaram a rotina normalmente", disse.
No final de semana, a cidade contou ainda com a cooperação da divisão de Controle de Vetores de Araraquara, que enviou agentes para um mutirão de limpeza no centro e nos bairros Parque dos Estados e Cohab, que registraram o maior número de casos.
"Agora os registros mostram que o vírus se espalhou por toda a cidade e, por isso, estamos combatendo em todas as casas", disse Mantovanelli.
Situação parecida vive Jardinópolis, onde as unidades de saúde já trabalham fazendo triagem dos pacientes que dão entrada no sistema público.
Pessoas que chegam com sintomas característicos de dengue têm prioridade no atendimento. Apenas pacientes da urgência, como acidentados, vítimas de derrames e infartos, são atendidos antes dos casos suspeitos de dengue.


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