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Dengue gera atendimento caseiro na região
Intenção é evitar que pessoas com casos menos graves da doença ocupem leitos da rede pública, sobrecarregando o sistema
Na escala de prioridade, dengue só fica atrás de vítimas de derrame, trânsito e infarto no atendimento público em Jardinópolis
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Depois de a Prefeitura de Jaboticabal criar um ambulatório
especializado em dengue num
prédio onde funcionou um velório, agora é a vez de a administração de Rincão priorizar o
atendimento a pessoas com
suspeitas da doença.
Desde o início da semana, um
médico atende na unidade central de saúde do município apenas casos suspeitos e confirmados de dengue. Além disso, uma
enfermeira foi disponibilizada
para visitar os pacientes que estão em casa, em recuperação
depois de confirmada a doença.
O número de casos de dengue na cidade neste ano é quase
o triplo do necessário para ser
considerado epidêmico -8,3
para cada mil habitantes.
Só na última semana, o número de casos mais que dobrou, saltando de 36 para 91.
A ideia é evitar que pessoas
com casos menos graves da
doença ocupem leitos da rede
pública e sobrecarreguem o sistema de saúde.
"Ela [enfermeira] orienta o
paciente quanto ao nível de hidratação necessário para agilizar a recuperação", afirmou a
assessora da diretoria de saúde,
Maria Angélica Mantovanelli,
que responde interinamente
pelo departamento.
Segundo ela, não há registros
de dengue hemorrágica, forma
mais grave da doença. "Todas
as pessoas que foram infectadas pelo vírus já se recuperaram e retomaram a rotina normalmente", disse.
No final de semana, a cidade
contou ainda com a cooperação
da divisão de Controle de Vetores de Araraquara, que enviou
agentes para um mutirão de
limpeza no centro e nos bairros
Parque dos Estados e Cohab,
que registraram o maior número de casos.
"Agora os registros mostram
que o vírus se espalhou por toda a cidade e, por isso, estamos
combatendo em todas as casas", disse Mantovanelli.
Situação parecida vive Jardinópolis, onde as unidades de
saúde já trabalham fazendo
triagem dos pacientes que dão
entrada no sistema público.
Pessoas que chegam com sintomas característicos de dengue têm prioridade no atendimento. Apenas pacientes da urgência, como acidentados, vítimas de derrames e infartos, são
atendidos antes dos casos suspeitos de dengue.
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