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Após focos da dengue serem achados em casarão, donos fazem manifestação irônica
Márcia Ribeiro/ Folha Imagem
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Faixa e protesto é colocada no casarão Albino Camargo, na Visconde de Inhaúma, em Ribeirão
DA FOLHA RIBEIRÃO
Uma faixa de prestação de
contas em tom de desabafo
foi o instrumento que os proprietários do palacete Albino
de Camargo Neto encontraram para protestar contra o
tombamento do imóvel localizado no centro de Ribeirão,
onde anteontem foram encontrados 20 criadouros do
mosquito Aedes aegypti,
transmissor da dengue.
Os focos foram achados por
uma força-tarefa formada
por membros do Conppac
(Conselho de Preservação do
Patrimônio Cultural), Ministério Público, prefeitura e Polícia Militar. O local estava
cheio de mato alto e entulhos.
Na faixa colocada ontem,
os proprietários informam
aos vizinhos que o terreno foi
limpo, como determinado
pela força-tarefa, mas que o
cheiro do "cocô" irá continuar, já que o Conppac não
permite que um muro seja erguido para barrar a entrada
de moradores de rua que se
abrigam no local.
"Preservar o quê? Lixo? A
prefeitura tomba o imóvel
mas não dá uma destinação,
não tem uma proposta. Eu só
tenho gasto e não tenho condições nem quero mexer neste imóvel. É uma dor de cabeça", afirmou a herdeira do
imóvel, Maria Lúcia Camargo
Junqueira Reis.
Segundo a presidente do
Conppac, Claudia Morrone,
Reis pode se desfazer do imóvel, doando ou vendendo para quem tenha interesse em
restaurá-lo. Disse ainda que
há a possibilidade do uso de
tapumes na obra, mas que o
Conppac nunca foi procurado para discutir uma solução.
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