DA FOLHA RIBEIRÃO

Fazia pouco mais de um ano que Carlos Eduardo Rodrigues, 27, havia conseguido um emprego em uma metalúrgica de Sertãozinho. Tinha um salário bom e "estava feliz da vida". Mas a felicidade acabou há 15 dias. Sem muito aviso, foi informado de que seria dispensado "por causa da crise mundial".
"Foi muito de repente. Eles me disseram que as coisas lá andam complicadas por causa desta crise mundial", disse Rodrigues, montador industrial e que agora vai buscar outra vaga, mesmo que seja em outro ramo. "A gente vai onde dá para colher. Todos aqui em Sertãozinho estão dizendo que a crise tá pegando. Por isso, o que vier estará bom."
Segundo Élio Cândido, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Ribeirão Preto e Região, em 2009 a média é de cem demissões por semana na indústria. "Todo dia tem gente vindo fazer rescisão de contrato no sindicato. O cenário continua complicado, a crise está se agravando", disse.
Por isso, vários sindicatos -inclusive o Ceise-BR- planejam amanhã um manifesto que vai interromper o trânsito na rodovia Atílio Balbo por uma hora, a partir das 9h. "Vamos mostrar que o setor sucroalcooleiro passa por dificuldades", disse Cândido.


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