São Paulo, terça-feira, 04 de outubro de 2011 |
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Anvisa decide hoje veto a emagrecedores Diretores de agência de vigilância estão divididos entre proibição total e liberação do medicamento sibutramina Médicos já ameaçaram ir à Justiça caso drogas sejam vetadas; críticos dos remédios citam risco para o coração DE BRASÍLIA Depois de adiada duas vezes neste ano, a decisão sobre banir ou não a venda dos inibidores de apetite no país deve ser tomada hoje pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O último adiamento ocorreu no fim de agosto. Na época, o diretor-presidente da agência, Dirceu Barbano, deu a entender que a tendência do órgão era banir inibidores do grupo das anfetaminas e derivados (femproporex, anfepramona e mazindol) e liberar, com restrições, a popular sibutramina. Pelo menos até duas semanas atrás, não havia consenso entre os quatro diretores da agência sobre o tema. Alguns técnicos defendem a proibição completa, enquanto outros argumentam que a substância pode ser liberada com restrições, como o acompanhamento do paciente e do médico que prescreve o remédio. Uma nota técnica divulgada pela Anvisa em fevereiro desaconselhou o uso de todos os emagrecedores, com argumentos que variavam de ausência de comprovação científica ao risco trazido por efeitos colaterais. Em lado radicalmente oposto, o Conselho Federal de Medicina defende que todas as substâncias permaneçam liberadas, sendo receitadas a critério dos médicos. O órgão já ameaçou ir à Justiça caso ocorra o veto. O principal temor dos contrários à liberação da droga vem do estudo conhecido como "Scout", de 2009. A pesquisa, envolvendo 10 mil pacientes, mostrou um risco um pouco maior de morte, parada cardíaca ou derrame para pessoas com risco cardiovascular que tomaram a droga. Desde a última reunião sobre inibidores, a Anvisa teve que se posicionar publicamente contra outra substância que vem sendo usada como emagrecedor, o Victoza (liraglutida), indicado oficialmente apenas para o tratamento do diabetes tipo 2. (JOHANNA NUBLAT) Texto Anterior: FOLHA.com Próximo Texto: A favor do veto: Proibição dos inibidores: antes tarde do que nunca Índice | Comunicar Erros |
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