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VIAJAR E COMER
Medidas simples auxiliam a combater mal-estar em viagens
Hidratação e programação de refeições de acordo com o horário do destino ajudam a amenizar o jet lag
DA REDAÇÃO
Comer faz parte do prazer de
viajar, mas esse prazer pode se
transformar em martírio quando entra em cena o mal-estar.
Algumas medidas ajudam a evitar os problemas causados pelo
jet lag (desconforto causado
pela mudança brusca de zonas
horárias), pela grande oferta de
refeições nos navios de cruzeiro e pela ingestão de pratos típicos e de comidas fortes.
No caso do jet lag, hidratação
com água e sucos é palavra de
ordem, já que o ambiente do
avião é bem seco. Evitar bebidas alcoólicas também ajuda a
driblar o mal-estar. Quem não
dispensa um drinque deve preferir cerveja a destilados, já que
a primeira tem menor teor alcoólico e mais parte líquida.
"Mas não vale beber muito. É
preferível beber uma dose de
uísque e tomar água no resto da
viagem do que tomar uma cerveja atrás da outra", diz o endocrinologista Marcello Bronstein, professor da Faculdade de
Medicina da USP.
No caso da comida, a dica é
escolher as opções mais leves
do menu ou deixar para comer
no destino. Planejar as refeições e o sono segundo o horário
do destino ameniza o jet lag.
Nos cruzeiros, a questão é a
grande oferta de comida. "É só
escolher os alimentos mais leves, saladas e grelhados", diz o
endocrinologista Alfredo Halpern, chefe do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas.
"A dica para todas as viagens
é não sair muito de seus hábitos
alimentares", afirma Bronstein. "No navio, o turista deve
seguir sua rotina. Se ele está habituado a fazer três refeições,
deve continuar nesse ritmo."
Outra questão que pode arruinar uma viagem são os desarranjos estomacais e intestinais causados por comidas
muito fortes ou desconhecidas.
Esses distúrbios são muitas
vezes causados por bactérias.
"Comer em um lugar limpo e
beber água engarrafada são
medidas para evitar as bactérias", afirma Halpern. "Evitar
verduras cruas também."
"Nem sempre o mal-estar é
causado por bactéria. Às vezes,
é um estranhamento de alimentos com os quais o organismo não está acostumado", diz
Bronstein. Nesse caso, a dica é
experimentar pratos diferentes
aos poucos.
(MDV)
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