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CENA PARATIENSE
Passeio tem ritmo ditado por dois pés-de-moleque
O calçamento das ruas do centro histórico faz o turista desacelerar, e o doce de tabuleiro o faz parar
DA ENVIADA ESPECIAL A PARATY
Um bom jeito de passear por
Paraty é deixar-se guiar pelos
pés-de-moleque: o do tabuleiro
dos carrinhos que vendem o
doce de amendoim, além de bolo de mandioca com coco, queijadinha, brigadeiro e outras delícias, e o do calçamento do tabuleiro das ruas, com pedras irregulares, que obriga a abrandar o passo, conter a pressa e
entrar no clima de cidade do interior com vista para o mar.
Para facilitar a navegação do
marinheiro de primeira viagem, as correntes que impedem a circulação de carros
-proibidos de trafegar pelas
ruas do centro histórico- definem a principal área a ser explorada. Para atrapalhar, há alguns pontos fora da curva, como o forte Defensor Perpétuo
-veja no mapa ao lado. E como tudo irradia da praça
da Matriz, o ponto de partida só
pode ser mesmo ela.
Com grandes árvores e simpáticos bancos -que convidam
a uma pausa-, ela é cercada de
casarões que abrigam bares e
restaurantes -que levam a
mais uma parada.
Logo ali nota-se a presença
dos carros de mão que vendem
doces de tabuleiro. Cada um
custa R$ 2,50 e inclui, além da
guloseima, uma pausa, que dá
vontade de tomar um café -há
muitos por ali, com mesas nas
ruas-, o que convida a mais
uma parada. De pausa em paradinha, o
passeio pela cidade vai ganhando o ritmo adequado.
A pé, de carruagem ou de bicicleta alugada, os rumos são
muitos. Passam pelo cais do
porto, onde os barcos ficam
atracados à espera de turistas
para fazer passeios pelas ilhas,
sacos e praias da baía. Circundam a igreja Nossa Senhora das
Dores, com um daqueles galos
de ferro que apontam a direção
do vento sobre a torre. Percorrem a igreja de Santa Rita, a
mais antiga, que começou a ser
erguida em 1722 e hoje abriga o
museu de Arte Sacra de Paraty.
E visitam a Casa da Cultura,
que também abriga um museu,
esse sobre a trajetória da cidade, permeando da pesca aos
festejos religiosos.
Seguindo para o sul, há o
mercado e as ruas que alagam
quando sobe a maré. Mais para
o norte, depois da ponte do rio
Perequê-Açu, fica o forte Defensor Perpétuo, de onde se
avista toda a cidade.
(HL)
CASA DA CULTURA
rua Dona Geralda, 177; de quarta a
segunda, das 10h às 18h30; tel.: 0/
xx/ 24/ 3371-2325
www.casadaculturaparaty.org.br
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