São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2008

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CENA PARATIENSE

Passeio tem ritmo ditado por dois pés-de-moleque

O calçamento das ruas do centro histórico faz o turista desacelerar, e o doce de tabuleiro o faz parar

DA ENVIADA ESPECIAL A PARATY

Um bom jeito de passear por Paraty é deixar-se guiar pelos pés-de-moleque: o do tabuleiro dos carrinhos que vendem o doce de amendoim, além de bolo de mandioca com coco, queijadinha, brigadeiro e outras delícias, e o do calçamento do tabuleiro das ruas, com pedras irregulares, que obriga a abrandar o passo, conter a pressa e entrar no clima de cidade do interior com vista para o mar.
Para facilitar a navegação do marinheiro de primeira viagem, as correntes que impedem a circulação de carros -proibidos de trafegar pelas ruas do centro histórico- definem a principal área a ser explorada. Para atrapalhar, há alguns pontos fora da curva, como o forte Defensor Perpétuo -veja no mapa ao lado.
E como tudo irradia da praça da Matriz, o ponto de partida só pode ser mesmo ela.
Com grandes árvores e simpáticos bancos -que convidam a uma pausa-, ela é cercada de casarões que abrigam bares e restaurantes -que levam a mais uma parada.
Logo ali nota-se a presença dos carros de mão que vendem doces de tabuleiro. Cada um custa R$ 2,50 e inclui, além da guloseima, uma pausa, que dá vontade de tomar um café -há muitos por ali, com mesas nas ruas-, o que convida a mais uma parada.
De pausa em paradinha, o passeio pela cidade vai ganhando o ritmo adequado.
A pé, de carruagem ou de bicicleta alugada, os rumos são muitos. Passam pelo cais do porto, onde os barcos ficam atracados à espera de turistas para fazer passeios pelas ilhas, sacos e praias da baía. Circundam a igreja Nossa Senhora das Dores, com um daqueles galos de ferro que apontam a direção do vento sobre a torre. Percorrem a igreja de Santa Rita, a mais antiga, que começou a ser erguida em 1722 e hoje abriga o museu de Arte Sacra de Paraty.
E visitam a Casa da Cultura, que também abriga um museu, esse sobre a trajetória da cidade, permeando da pesca aos festejos religiosos.
Seguindo para o sul, há o mercado e as ruas que alagam quando sobe a maré. Mais para o norte, depois da ponte do rio Perequê-Açu, fica o forte Defensor Perpétuo, de onde se avista toda a cidade. (HL)

CASA DA CULTURA
rua Dona Geralda, 177; de quarta a
segunda, das 10h às 18h30; tel.: 0/
xx/ 24/ 3371-2325
www.casadaculturaparaty.org.br


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