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Hispânicas têm público, apesar de seus clichês
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Uma coisa é certa: nenhuma trama
brasileira abusa tanto dos clichês como
as hispânicas, que, no entanto, têm um
público cativo por aqui.
O SBT colhe resultados nas duas frentes que abriu, a novela hispânica de verdade e a brasileira adaptada: a infantil
"Viva as Crianças" teve pico de 18 pontos
no ibope na semana passada, enquanto
que a adaptação de "Pequena Travessa",
de Ecila Pedroso, termina na sexta marcando 16.
Ecila diz que a emissora quer "fazer novela com essência de folhetim". Para ela,
"o SBT investe nesse gênero porque quer
conquistar um novo público".
Ecila reescreve totalmente os diálogos,
tentando dar características mais brasileiras aos personagens, sem, contudo,
modificar as situações dramáticas, uma
exigência contratual. "Os mexicanos são
muito passionais. Transformamos isso."
Para o diretor artístico da Record, Del
Rangel, a opção pela colombiana "Um
Amor de Babá" -que vem dando três
pontos- foi por tratar-se de uma comédia. "Como ela vai ao ar no horário do
"Jornal Nacional", da Globo, é uma opção
para quem não quer ver a guerra."
Para Rangel, o público que acompanha
a paixão da babá pelo patrão busca algo
"facilmente deglutível". Nós, brasileiros,
é que sofisticamos a novela, fazendo com
que ela leve o público a pensar", diz.
A trama será exibida até agosto ou setembro, e depois podem vir produções
nacionais. "Estamos terminando a construção dos dois estúdios para gravação
de novelas já no ano que vem", afirma.
A Rede TV! acreditou tanto na colombiana "Betty, a Feia" que desdobrou os
capítulos da novela em dois. Deu certo: a
Feia é vista por cerca de 480 mil pessoas
só na Grande SP. "Ela é a gata-borralheira que encontra o príncipe, só que é pobre e feia", define a gerente de Comunicação da emissora, Vera di Jardim.
(SM)
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