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Uma idéia genial nascida na sala de espera
JOSÉ AGUIAR
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Quando, em 1988, Matt Groening, autor da tira de quadrinhos alternativos
"Life in Hell", foi convidado a apresentar
uma proposta de animação para o programa "Tracey Ulman Show", ele não fazia idéia do sucesso que estava por criar.
Tanto que, receoso de estragar a imagem
de seus personagens, criou, nos 15 minutos em que esteve na sala de espera do
produtor, o esboço da família mais real
que a animação já conheceu.
Sem tempo para criar algo melhor, batizou os personagens com os nomes de
seus parentes: Marge era sua mãe; Maggie e Lisa, suas irmãs; Homer, seu pai.
Bart foi um improviso para não ter que
usar o próprio, o que deixaria o estratagema óbvio demais.
"Os Simpsons" era apenas um quadro
humorístico dentro do programa. Mas
os filmetes foram se tornando tão populares que a emissora encomendou o piloto de uma série.
Em 17 de dezembro de 1989, ele foi ao
ar e se tornou tudo aquilo que o emergente canal Fox queria para se tornar
uma das maiores redes de TV americanas: um fenômeno.
A última vez em que um desenho ocupara com tamanho impacto o horário
nobre fora com os Flintstones, nos anos
60. Depois, as animações submergiram
no mar do politicamente correto.
Foi Groening quem abriu caminho para o amadurecimento dos desenhos animados, que, depois dos Simpsons, nunca
mais voltariam a ser considerados uma
arte "menor" ou exclusivamente destinada a crianças.
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