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TRIBUNAL
Em abril, programa da Globo ressurge com especiais mensais
"Linha Direta" volta com julgamentos polêmicos
RODRIGO RAINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O PROGRAMA "Linha Direta", da
TV Globo, volta em abril, com apresentação de Domingos Meirelles e um
novo especial mensal: "Justiça", que vai
reconstituir casos clássicos brasileiros.
"Mostraremos cenas de julgamentos
de crimes que marcaram a vida brasileira
desde o século passado", diz Milton Abirached, diretor-geral do "Linha Direta".
"O especial "Justiça" apresentará casos
julgados e não tem a pretensão de contestar decisões judiciais", afirma.
Apesar de fugir da contestação, "Justiça" não deixará de investigar. "É possível
que nossos repórteres levantem fatos novos, descubram testemunhas que estavam ocultas ou novas versões de crimes", diz Abirached. "Mas o nosso objetivo é contar uma história em linguagem
de documentário com dramatizações."
Para o diretor, o programa funciona
como um Disque-Denúncia. "Como serviço, o "Linha Direta" é bem-sucedido,
com a localização de 238 pessoas procuradas pela Justiça. Nestes quase quatro
anos, ajudamos a solucionar crimes que
pareciam insolúveis", diz.
A violência e o crime continuam sendo
os motes. "Infelizmente, são ingredientes essenciais na vida humana. Seria estranho que ficassem de fora de um programa que quer ajudar a diminuí-los",
afirma Abirached.
Brutalidade de reconstituições é exagerada? Para o diretor, não. "Mostramos
histórias violentas, mas não cenas tão
violentas. Aquilo é real. Qualquer cena
é, por isso, mais chocante."
Segundo Abirached, a produção de
"Linha Direta" segue algumas regras.
Nunca a pessoa que dá o tiro está no
mesmo "take" daquela que leva o tiro;
facadas não aparecem; detalhes mais
pesados da história não vão ao ar. "Evitamos o desconforto do público", diz.
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