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São Paulo, domingo, 11 de maio de 2003

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Curso já colocou 50 no mercado

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Tente convencer uma pessoa que você não conhece, em dois minutos, a levantar da poltrona, pegar o telefone e ligar para gastar dinheiro com produtos às vezes supérfluos.
A tarefa exige desinibição, carisma e técnica. Carla Gialluca, 40 anos e televendedora há cinco, percebeu que só intuição não bastava e elaborou um curso para os novos profissionais.
Em três anos, ela preparou 50 alunos e tornou-se colega de trabalho de 15 deles. Durante os dois meses de curso, os alunos -na maioria mulheres- treinam postura e dicção, elaboraram textos e aprendem técnicas de comunicação, improvisação e vendas.
"A respiração correta e a entonação são fundamentais, e ainda é preciso saber conquistar a audiência", explica pausadamente a professora.
No ar como televendedora há dois meses, a atriz Tânia Castello fez o curso e gostou. "Me formei na EAD [Escola de Arte Dramática da USP], dou aulas de interpretação, faço comerciais frequentemente e achei que seria fácil, mas não é", diz Tânia.
A maior dificuldade, segundo a ex-aluna, é aprender a vender. "Existem técnicas bem específicas para conseguir bons resultados, e a voz tem papel decisivo." O programa de treinamento custa em média R$ 300 por mês, e as turmas têm até três pessoas.
"Na nossa área não adianta apenas ser bonito, é preciso ter boa voz e dominar a câmera", ensina a professora. Além do curso, Carla comanda workshops sobre comunicação e vendas abertos ao público. "Todo profissional precisa saber vender suas idéias com clareza e segurança", diz ela.


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