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Curso já colocou 50 no mercado
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Tente convencer uma pessoa
que você não conhece, em dois
minutos, a levantar da poltrona, pegar o telefone e ligar para
gastar dinheiro com produtos
às vezes supérfluos.
A tarefa exige desinibição, carisma e técnica. Carla Gialluca,
40 anos e televendedora há cinco, percebeu que só intuição
não bastava e elaborou um curso para os novos profissionais.
Em três anos, ela preparou 50
alunos e tornou-se colega de
trabalho de 15 deles. Durante os
dois meses de curso, os alunos
-na maioria mulheres- treinam postura e dicção, elaboraram textos e aprendem técnicas
de comunicação, improvisação
e vendas.
"A respiração correta e a entonação são fundamentais, e
ainda é preciso saber conquistar a audiência", explica pausadamente a professora.
No ar como televendedora há
dois meses, a atriz Tânia Castello fez o curso e gostou. "Me
formei na EAD [Escola de Arte Dramática da USP], dou aulas de interpretação, faço comerciais frequentemente e
achei que seria fácil, mas não
é", diz Tânia.
A maior dificuldade, segundo a ex-aluna, é aprender a
vender. "Existem técnicas
bem específicas para conseguir bons resultados, e a voz
tem papel decisivo." O programa de treinamento custa
em média R$ 300 por mês, e as
turmas têm até três pessoas.
"Na nossa área não adianta
apenas ser bonito, é preciso
ter boa voz e dominar a câmera", ensina a professora. Além
do curso, Carla comanda
workshops sobre comunicação e vendas abertos ao público. "Todo profissional precisa
saber vender suas idéias com
clareza e segurança", diz ela.
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