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No Brasil, botos e baleias
DA REPORTAGEM LOCAL
O brasileiro Roberto Werneck ("Expedições", TV Cultura), que há 25
anos produz documentários, diz que
um dos segredos para filmar animais
é aproximar-se deles contra o vento,
para não ser notado.
Com a jornalista Paula Saldanha,
Werneck fez um especial sobre baleias jubarte para o "Fantástico", em
1990. "O ibope subia até 17 pontos
com as baleias", diz Saldanha.
O mais difícil trabalho da dupla foi
com o boto cor-de-rosa, também em
90, na Amazônia. "A água era transparente e, com o tempo, o boto foi se
bronzeando: acabou apelidado de
"negão'", diz Werneck.
"A cozinheira do nosso barco nadava com ele para ver se engravidava e
chorou quando ele foi solto", relembra Saldanha.
Globo
"O nosso objetivo não é apenas apresentar documentários sobre
o mundo animal. Exibimos grandes
reportagens com assuntos de interesse jornalístico", afirma a editora-chefe
do "Globo Repórter", Silvia Sayão. Segundo ela, a proposta do programa é
mostrar lugares desconhecidos do
Brasil, com ênfase na pesquisa.
"Falamos sobre bichos quando
achamos que o assunto desperta curiosidade", diz ela, explicando a diferença entre o "Globo Repórter" e os
documentários estrangeiros. "O padrão técnico e jornalístico talvez seja o
mesmo, mas a nossa linguagem é a de
um programa de reportagem destinado ao público brasileiro", afirma.
Em março, no "Fantástico", estreará a série "Natureza Fantástica", comprada à BBC, na qual os animais são
mostrados de forma mais científica
que habitualmente. A Globo afirma
que os documentários são divididos
em episódios, mas que não há edição
ou mudança de linguagem.
(FD)
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