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São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 2003

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No Brasil, botos e baleias

DA REPORTAGEM LOCAL

O brasileiro Roberto Werneck ("Expedições", TV Cultura), que há 25 anos produz documentários, diz que um dos segredos para filmar animais é aproximar-se deles contra o vento, para não ser notado. Com a jornalista Paula Saldanha, Werneck fez um especial sobre baleias jubarte para o "Fantástico", em 1990. "O ibope subia até 17 pontos com as baleias", diz Saldanha. O mais difícil trabalho da dupla foi com o boto cor-de-rosa, também em 90, na Amazônia. "A água era transparente e, com o tempo, o boto foi se bronzeando: acabou apelidado de "negão'", diz Werneck. "A cozinheira do nosso barco nadava com ele para ver se engravidava e chorou quando ele foi solto", relembra Saldanha.

Globo
"O nosso objetivo não é apenas apresentar documentários sobre o mundo animal. Exibimos grandes reportagens com assuntos de interesse jornalístico", afirma a editora-chefe do "Globo Repórter", Silvia Sayão. Segundo ela, a proposta do programa é mostrar lugares desconhecidos do Brasil, com ênfase na pesquisa.
"Falamos sobre bichos quando achamos que o assunto desperta curiosidade", diz ela, explicando a diferença entre o "Globo Repórter" e os documentários estrangeiros. "O padrão técnico e jornalístico talvez seja o mesmo, mas a nossa linguagem é a de um programa de reportagem destinado ao público brasileiro", afirma.
Em março, no "Fantástico", estreará a série "Natureza Fantástica", comprada à BBC, na qual os animais são mostrados de forma mais científica que habitualmente. A Globo afirma que os documentários são divididos em episódios, mas que não há edição ou mudança de linguagem. (FD)


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