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SINAL CORTADO
Emissoras menores e Embratel travam batalha
MARCELO BORTOLOTI
FREE-LANCE PARA A FOLHA
NA ÚLTIMA segunda-feira
a transmissão da TV Educativa, gerada no Rio de Janeiro, foi
interrompida pela Embratel das
8h às 12h. A empresa, que transmite via satélite o sinal da emissora, tomou a medida alegando
atraso no pagamento do serviço.
O corte se estenderia em outros
dias da semana, mas foi brecado
na Justiça pela TVE, que acusa a
prestadora de ter aumentado a
tarifa de forma abusiva. O aumento, de cerca de 250%, se aceito, inviabilizará a produção de
programas, segundo a direção da
emissora.
Situação parecida viveu a TV
Amazonsat, de Manaus, voltada
para a cultura e o turismo. A
emissora só não teve sua transmissão interrompida porque
conseguiu uma liminar.
A Embratel diz que o aumento
é resultado de uma mudança na
tecnologia de transmissão, do sistema analógico para o digital, e
que está amparado por lei.
A maioria das grandes emissoras acatou o novo preço, mas ele
atingiu em cheio as menores. "O
custo do sinal é muito significativo para nós, e não há empresa
que suporte um reajuste deste no
meio do ano fiscal", diz o diretor-executivo da TVE, Sylvio Renan
de Medeiros.
Para o advogado da Amazonsat, Abraim Calil, a Embratel deveria praticar preços diferenciados de acordo com a situação e
localização da emissora. "Eles
não querem brigar com as grandes emissoras por terem medo de
atitudes mais arbitrárias. Nosso
público-alvo é pequeno para causar repercussão", diz.
A direção da Embratel nega que
privilegie as emissoras maiores.
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