|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Durval" deixa seus velhos discos e vai fazer novela na TV Globo
Marlene Bergamo/Folha Imagem
|
O ator Ary França, que está em "Durval Discos" e vai ser vilão em "Chocolate com Pimenta" |
FERNANDA DANNEMANN
DA REPORTAGEM LOCAL
DURVAL, quem diria, foi parar no
Projac! O ator Ary França, 45, protagonista do filme "Durval Discos", ao lado de Etty Fraser, está se preparando para seu maior papel numa novela: em
agosto estréia como o vilão Epaminondas, ao lado de Elisabeth Savalla -que
será Jezebel, sua patroa-, em "Chocolate com Pimenta", de Walcyr Carrasco,
que substituirá "Agora É que São Elas".
"Vamos fazer muitas maldades na cidadezinha serrana dos anos 20", diz ele,
animado. "Começamos a gravar em julho, e a novela vai de agosto a abril. Estou
ansioso, porque na TV fui subaproveitado e ainda não fiz nada de grande nota",
afirma.
Só agora, depois de "Durval Discos",
França está se tornando mais conhecido
do público, mas ele participou dos longas "Ed Mort", "O Xangô de Backer
Street" e "Amor e Cia.".
Na TV, seu rosto não é novo: já fez mais
de cem comerciais. "Quando comecei,
não precisava ser famoso, bastava o talento para vender alguma coisa". A única
novela da qual participou foi "Andando
nas Nuvens" (Globo), em 1999, com um
personagem esquizofrênico do qual nem
lembra o nome. "Entrei no fim, não deu
nem para sentir o gosto", diz.
Ainda na Globo, participou de "Comédia da Vida Privada" -"mas foi justamente do último episódio". Depois, integrou quadros de "Domingo Legal", nos
primórdios das pegadinhas. "Eu fazia
umas brincadeiras legais e inocentes
com as pessoas nas ruas", afirma.
Mas o forte de França é o teatro, que faz
há mais de 20 anos, e que o levou a participar do grupo Onintorrinco, de Cacá
Rosset.
Nessas duas décadas, fez mais de 20 peças, dirigiu cinco, fundou uma companhia teatral na sala de casa, viajou o país
com Marco Nanini no sucesso "O Burguês Ridículo" e atualmente dirige "Ao
Incêndio Sob a Chuva Rala", no teatro
João Caetano, em São Paulo.
Sua última experiência televisiva foi no
SBT, no infantil "Disney Cruj", onde interpretou o pasteleiro Aracleto durante
dois anos. "Eu adorava trabalhar lá,
aprendi muito com as crianças. Mas as
quedas no investimento cortaram o programa. Desde dezembro eu estava sem
emprego, com o fundo de garantia se esvaindo e a máfia e a Yakuza no meu calcanhar. Então, o convite da Globo me
salvou", brinca.
Satisfeito com o vilão "com toques cômicos" que vai interpretar, ele, que diz
não ter preferências pela comédia, também não está preocupado com possíveis
estereótipos. "Se criar um tremendo estigma e ficar na cabeça das pessoas, vou
ficar contente. Se eu virar mania, depois
saberei acabar com isso, porque não nasci ontem", diz.
Enquanto não chega a hora de ficar na
ponte aérea -porque ele não pretende
se mudar para o Rio-, França relaxa
viajando com "Durval", a que já assistiu
mais de dez vezes, e termina o longa "Por
um Fio", ao lado de Chico Anysio.
Texto Anterior: Motivação e sucesso: Professor vira guru na Rede Vida Próximo Texto: Entrevista: Família bem resolvida Índice
|