São Paulo, domingo, 28 de julho de 2002

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Ele tem "feeling", diz diretor

DA REPORTAGEM LOCAL

Para o diretor de programação do SBT, Mauro Lissoni, que substituiu Luciano Callegari em janeiro de 2000, as alterações propostas por Silvio Santos não são tão repentinas como se comenta e não impedem que sua equipe trabalhe com autonomia. Em entrevista por e-mail, Lissoni contou ao TV Folha como é trabalhar com o dono do SBT. (CM)

Qual é a participação de Silvio Santos nas decisões sobre a programação?
Ele sempre tem participação direta na composição da grade. E isso é muito bom, pois o Silvio tem "feeling", o que é extraordinário. Mas esse acompanhamento não é absoluto. Eu e minha equipe elaboramos estratégias com autonomia. No caso de modificações mais expressivas, sempre submeto à sua avaliação. Algumas alterações, tais como estréias, dependem de sua aprovação.
Como você adapta seu trabalho às mudanças repentinas de programação que Silvio Santos costuma realizar?
Sem maiores dificuldades. Ao contrário do que se imagina e se propaga, as alterações propostas por ele não são tão repentinas assim. Qualquer decisão de Silvio sempre tem uma causa, gerada por resultados ou a partir de perspectivas. Quando ele determina mudanças, resolvemos juntos a melhor forma de procedê-las, e essa parceria tem dado certo.
Houve alguma vez em que você e Silvio Santos discordaram? Como foi?
Sempre que temos opiniões divergentes, o resultado é um denominador comum, objetivando estratégias que possam gerar audiência e faturamento.
Por que "Casa 3" não teve a mesma audiência que as duas primeiras edições?
Todos os programas de TV têm um potencial de audiência que se limita e se reduz com o passar do tempo. Mas um recente estudo de audiência projetou que o programa deve finalizar sua média com índices superiores aos da "Casa 2".
Você considera positiva a mudança temporária de horário de "A Praça É Nossa'?
Sem dúvida, uma vez que a mudança permitiu revelar o potencial da "Praça" em dia e horário diferentes do habitual. Nas exibições dominicais, "A Praça É Nossa" ficou duas semanas em primeiro lugar, e "Guerra nas Estrelas" atingiu share [percentual de sintonia no canal do total de TVs ligadas no momento" de 26%, quase igual à "Praça".
Qual a sua avaliação sobre a audiência de "Popstars'?
Por se tratar de um produto inovador, o desempenho foi excelente. O programa propiciou um aumento de 30% de audiência em seu horário.
A novela "Marisol" correspondeu?
Com certeza. Suas antecessoras obtiveram médias de 16 e 15 pontos. "Marisol", segundo projeções, pode atingir 17 pontos de média total.



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